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No processo de produção, mercado exige uma rigorosa política de bem estar animal | JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO
No processo de produção, mercado exige uma rigorosa política de bem estar animal| Foto: JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO

Ao entregar para o consumidor um produto de qualidade, o processo de fabricação da carne suína inclui a preocupação com o bem estar do rebanho.

Os abates seguem normais rígidas desde que o animal sai da granja e é encaminhado para o frigorífico.

A política de manejo começa nas instalações que abrigam o rebanho para o processo de reprodução.

A estrutura deve oferecer conforto, o que significa evitar a superlotação. Outra exigência: estoques renovados de água e comedouros suficientes para que todos os animais possam se alimentar, sem haver disputa por espaço e o consequente stress.

Climatizadores para regular a temperatura também fazem parte da filosofia de relacionamento do Frigorífico Frimesa com seus fornecedores.

“Nas UPLs (Unidades Produtoras de Leitões) trabalhamos muito forte com as climatizações. A temperatura é fundamental para que os animais desempenhem suas características”, explica Fabiane Bachega, médica veterinária e supervisora do Fomento Frimesa.

Aperfeiçoamento frequente

A política de bem estar animal durante o manejo é um tema em constante evolução. A Frimesa, por exemplo, já tem UPLs (Unidades Produtoras de Leitões) que operam com gestação coletiva.

A finalidade é evitar a morte dos filhotes pelas próprias mães. “De 10% a 12% das nossas UPLs tem gestação coletiva, estamos trabalhando nisso, o mercado vem exigindo esse processo”, conta a médica veterinária Fabiane Bachega.

No momento em que as matrizes são cobertas, passam a ficar numa baia para viver soltas naquele espaço e não mais dentro de gaiolas. “As leitoas vão para as gaiolas só para parir evitando assim que os filhotes sejam esmagados”, diz Fabiane.

No transporte do rebanho, mais detalhes a serem seguidos sobre o bem estar. Os caminhões precisam ser adaptados para o transporte seguro, sem superlotação para evitar que os animais se machuquem e equipados com teto, o que impede a exposição ao calor dos raios solares durante a viagem.

No frigorífico, o abate ocorre por insensibilização elétrica. O animal é imobilizado e desmaia. “Chamamos de abate humanitário dentro das condições corretas de manejo. Já se foi o tempo da marretada, da facada. Há normas que a gente tem que cumprir para o bem estar. Se não fizéssemos o manejo correto, teríamos problema com a qualidade da carne”, afirma Fabiane.

“A gestão na propriedade evoluiu muito e tecnificou bastante o processo de produção”, afirma o médico veterinário Alexandre Monteiro, assessor técnico da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).

O especialista ressalta que os cuidados envolvendo a segurança para evitar acidentes também elevaram a qualidade do processo de bem estar dos animais. “Houve evolução nas instalações e nas medidas de manejo e trato com os animais. Essas melhorias proporcionaram uma evolução fantástica no rebanho. Isso se deveu a plantas automatizadas, evitando a insegurança e garantindo a higiene”, observa Monteiro. A qualidade da comida das criações, afirma o dirigente da Ocepar, foi outro ponto a favor da evolução das políticas de bem estar animal.

“Nosso rebanho é alimentado com cardápios feitos à base de grãos, sem mistura de restos de animais, garantindo um status sanitário que o mercado exige”, finaliza o assessor técnico da Ocepar.

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