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Os silos predominaram, alcançando capacidade útil armazenável de 72,4 milhões de toneladas no segundo semestre de 2015. | André Rodrigues/Gazeta do Povo
Os silos predominaram, alcançando capacidade útil armazenável de 72,4 milhões de toneladas no segundo semestre de 2015.| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

A capacidade de armazenamento no Brasil aumentou 3,3% do primeiro para o segundo semestre de 2015, com 166,1 milhões de toneladas. Os dados são da Pesquisa de Estoques referentes ao segundo semestre de 2015, divulgados hoje (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No segundo semestre do ano passado, houve um acréscimo de 0,8% no número de estabelecimentos ativos, passando de 7.858 para 7.918 do primeiro para o segundo semestre. Enquanto na região Centro-Oeste -a que mais aumentou a capacidade de estocagem- o número de estabelecimentos ativos cresceu 3,7% entre um semestre e outro, na região Nordeste foi registrada a menor queda no total de estabelecimentos ativos: -1,2%.

Predominância de silos

Em termos de capacidade útil armazenável, os silos continuam predominantes, tendo alcançado no segundo semestre de 2015 72,4 milhões de toneladas, um crescimento de 3,3% em relação ao primeiro semestre.

Em seguida, vêm os armazéns graneleiros e generalizados, que aumentaram no período 5,9%, atingindo 63,2 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável. Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis acusaram queda de 1,8%, com 30,5 milhões de toneladas.

Por produtos

Com aumento de 2,6% na capacidade de estocagem e 3,2 milhões de toneladas estocadas em 2015, a soja em grão foi o único produto que expandiu essa capacidade.

Na avaliação do IBGE, esta quantidade, no entanto, representa muito pouco frente à produção nacional de soja, que atingiu em 2015 o recorde de 97 milhões de toneladas. Este comportamento é considerado normal para a data de 31 de dezembro, já com a proximidade da nova colheita.

Já o milho em grão foi o produto que fechou dezembro do ano passado com o maior volume estocado: 10,1 milhões de toneladas. Ainda assim, houve queda em volume de 9,5% em comparação com o fechamento de 2014. Segundo o IBGE, esta redução no volume estocado está diretamente relacionada ao aumento das exportações.

Outro importante produto, o trigo em grão foi o que obteve a maior redução percentual no volume estocado. Fechou o ano com os estoques em queda de 25,1%, com apenas 4,4 milhões de toneladas. Segundo o IBGE, esta diminuição decorre do excesso de chuvas nas lavouras da região Sul, que concentra cerca de 90% da produção nacional.

O volume estocado de arroz (em casca) foi de 1,9 milhão de toneladas, uma redução de 9,5%. A produção nacional atingiu 12,3 milhões de toneladas, praticamente a mesma do ano anterior. Os estoques baixos também são normais na data de referência da pesquisa (31/12) pelo mesmo motivo da soja.

O café total (em grão) apresentou mais uma redução nos estoques: 16,7%. O estoque no final do ano passado era de 1,1 milhão de tonelada. "A seca que afetou a produção brasileira de café nos últimos anos reduziu os estoques do grão, justificou o IBGE.

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