No teste de DNA, índice de “peixes piratas” no mercado passa de 50%

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) concluiu a Operação Semana Santa com a coleta de 140 amostras de peixes, em 12 estados, incluindo o Paraná, e no Distrito Federal, apontando um índice de 9,3% de não conformidade em estabelecimentos sob a fiscalização do Serviço de Inspeção federal (SIF). Nos estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), o índice foi de 55,6%.

As amostras haviam sido encaminhadas ao laboratório Lanagro, em Goiânia, para o sequenciamento genético do material e a verificação de qual a espécie se encontrava na embalagem dos produtos. O Lanagro pertence à rede de laboratórios oficiais do Mapa.

Índice de não conformidade significa que a espécie de peixe declarada no rótulo não condiz com a amostra retirada da embalagem.

De acordo com o auditor fiscal agropecuário Paulo Humberto de Lima Araújo, os números sinalizam que a fraude é maior neste caso. “Em 2018, inovamos na fiscalização”, disse Lima Araújo, “pois coletamos amostras de pescados fiscalizados pelos estados e municípios, e o índice de não conformidade é bastante elevado.”

As empresas serão notificadas do resultado da coleta e adotadas ações fiscais, tanto com relação à destinação dos lotes de pescado implicados, como na imposição de medidas cautelares junto às empresas produtoras. “Neste ano ampliamos os locais de coleta de amostras, e incluímos mais estados, onde anteriormente não havíamos fiscalizado”, concluiu Paulo Humberto.