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Dados da Emater-PR indicam que a piscicultura está entre as atividades econômicas que hoje dão mais retorno ao produtor da região Oeste do Paraná | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Dados da Emater-PR indicam que a piscicultura está entre as atividades econômicas que hoje dão mais retorno ao produtor da região Oeste do Paraná| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A produção brasileira de tilápias, o peixe de água doce mais consumido no País, cresceu 8% em 2017, em comparação com 2016, atingindo 357 mil toneladas. O incremento fez com que o Brasil superasse Filipinas e Tailândia, assumindo o quarto lugar entre os maiores produtores mundiais desse pescado. A produção de tilápia representa 51,7% da aquicultura nacional - criação de peixes, moluscos e crustáceos em ambientes aquáticos.

O Paraná é o estado que mais produz peixes no país, 112 mil toneladas por ano, seguido por Rondônia, 77 mil toneladas, e São Paulo, com 69,5 mil toneladas. Os dados são de 2017, compilados pela Associação Brasileira de Piscicultura.

Um salto no volume da produção foi dado pela cooperativa C.Vale, de Palotina, que em outubro do ano passado inaugurou um frigorífico de 10 mil m2 com abate de 75 mil tilápias por dia, mas com o dobro de capacidade instalada.

Dados da Emater-PR indicam que a piscicultura está entre as atividades econômicas que hoje dão mais retorno ao produtor da região Oeste do Paraná, crescendo a taxas de 20% ao ano. Por ser um peixe de fácil reprodução, rústico e susceptível ao melhoramento genético, a tilápia é comparada à raça bovina predominante no Brasil, e ganhou o apelido de o “Nelore das águas”.

Para discutir os avanços e o potencial do setor, produtores, técnicos, empresários e outros integrantes da cadeia produtiva participam nesta semana da 10.ª edição da Aquishow Brasil, em Santa Fé do Sul, interior de São Paulo. “É o maior evento de aquicultura do País e vamos levar informações técnicas importantes sobre pesquisas e inovações que acabam de se tornar disponíveis para os produtores”, disse o diretor de departamento do Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Luiz Marques da Silva Ayroza.

Segundo ele, o evento acontece num momento em que a criação de peixes em ambientes cultivados avança mundialmente, levando à previsão de que, em 2020, ultrapassará a pesca de captura em rios e mares, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). “O Brasil tem um tremendo potencial, não só para a produção de tilápias, mas também de outros peixes. Além dos chamados peixes redondos, como o tambaqui e o pacu, e seus híbridos, o tambacu e o patinga, vamos apresentar aspectos interessantes sobre a criação do pintado e do pirarucu”, disse Ayroza.

Outra novidade a ser mostrada no evento envolve a criação do panga, peixe com grande potencial e que, segundo ele, já teve a produção regulamentada no Estado e é produzido na região de Mococa, interior paulista. O técnico lembra que o Brasil importa grande quantidade por ano desse peixe, principalmente dos Estados Unidos. “O panga está sendo comparado com o salmão do Chile e tem grande potencial para criação no Estado de São Paulo”, disse.

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