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Aves

Criadores de aves vão fundar entidade nacional

Associação Brasileira de Avicultores Integrados (Abai) quer aprovação de projeto de lei que regulamenta as relações com as indústrias

Avicultura integrada às indústrias terá contratos revistos |
Avicultura integrada às indústrias terá contratos revistos (Foto: )

Os avicultores brasileiros marcaram para o dia 28 a criação de uma associação que passará a representar o setor. A Associação Brasileira de Avicultores Integrados (Abai) será a primeira organização de caráter nacional focada em negociar com a indústria. A avicultura é tida como modelo de integração vertical na produção de alimentos no país, mas ainda não dispõe de regulamentação estabelecida em lei.

A Abai vai defender o projeto de lei 6.459/2013, que cria regras para os contratos. O texto, discutido desde 2010, passou pelo Senado e tramita na Câmara dos Deputados.

“A ideia da Abai é organizar e propor uma política unificada para os produtores. A lei [a ser votada e sancionada] é o passo inicial porque traz um norte para a nossa relação”, defende Fernando Cezar Ribeiro, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal e provável presidente da nova associação.

Cada estado poderá definir um representante, que fará parte de um conselho representativo da Abai, em Brasília. O processo de negociações com outras associações estaduais durou quatro anos, segundo Ribeiro. A diretoria da entidade estaria praticamente definida.

A questão da representatividade de cada região foi questionada por um grupo paranaense. O estado é líder em produção e exportação e busca maior poder de decisão para a Região Sul. Junto com Santa Catarina, respondeu por 48% dos abates e 53% das exportações em 2013.

Essa mobilização foi liderada pelo avicultor de Londrina, Jean Pasinato. “Tentamos organizar uma associação que representasse a produção. Mas cedemos para não entrar em atrito com essa, que segue o modelo já presente na Confederação da Agricultura e da Pecuária (CNA)”, revela.

A Abai conta com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) para a aprovação da lei de integração. “Queremos fazer uma caminhada de conscientização no país, mostrando para deputados e para o próprio produtor a importância dessa regulação”.

A criação de uma associação se tornou necessária não só para organizar a relação entre avicultores e indústrias, defende o avicultor Amarildo Brustolin. Ele é presidente da Comissão Técnica de Avicultura da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e aparece cotado para a vice-presidência da Abai. “As próprias demandas que temos em Brasília exigem uma representação”, aponta.

200 mil avicultores (ou 93% do setor) trabalham em sistemas integrados a indústrias. Eles serão representados pela Abai, que terá diretoria definida após registro oficial da entidade. O vice-presidente da Federação da Agricultura do Distrito Federal, Fernando Cezar Ribeiro, é o provável presidente. O Paraná tende a assumir a vice-presidência.

2 conselheiros vão representar a zona responsável por metade da produção e da exportação de frango do país -- Paraná e Santa Catarina -- na diretoria da Abai. Cada estado terá direito a um conselheiro, independente de seu peso no setor. Nesta fase de formação da entidade, a previsão é que nove cadeiras serão ocupadas.

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