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Associação informa que a maioria das cargas é desviada para estabelecimentos de pequeno porte e vendida  em condições de manuseio e conservação duvidosas. | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Associação informa que a maioria das cargas é desviada para estabelecimentos de pequeno porte e vendida em condições de manuseio e conservação duvidosas.| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

O roubo de cargas em 2016 no setor de aves (carne e ovos) e de suínos causou prejuízos de R$ 38,5 milhões. A conta é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que divulgou o balanço nesta semana. As perdas foram levantadas junto às agroindústrias e reflete mais um problema da violência que virou rotina para os brasileiros.

De acordo com a ABPA foram 1,2 mil ocorrências registradas ao longo dos 12 meses de 2016. No total, segundo a entidade, foram desviadas 3,9 mil toneladas no período. Os campeões da violência são os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A maioria das ocorrências aconteceu em rodovias e em áreas de desembaraço de cargas.

A associação informa que a maioria das cargas é desviada para estabelecimentos de pequeno porte. Nesses pontos de venda os produtos são comercializados sem qualquer garantia de qualidade, com notas frias e com armazenamento e manipulação duvidosa.

“Este também é um atentado contra a economia e contra a saúde do consumidor”, disse Francisco Turra, presidente executivo da ABPA, ao site da instituição.

Identificação de produto roubado é difícil

Diretora do Procon-PR, Cláudia Silvano avalia que para o consumidor a única forma de saber se um produto é roubado é pedir a nota fiscal de entrada do produto. “É uma situação que dificilmente vai acontecer por parte dos consumidores”, diz. “O preço”, continua ela, “é algo que o consumidor deve ficar atento, mas é pouco provável que um comerciante vá vender a carne por um preço muito mais baixo”, explica.

Cláudia detalha que a melhor forma de garantir que os produtos tenham garantia de procedência é que a fiscalização por parte dos órgãos competentes seja mais rigorosa. Mas caso o consumidor desconfie de que se trata de um produto irregular ele deve comunicar as autoridades para que o caso seja investigado.

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