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Sem explicar como é possível recolher as carnes sem os códigos de barra, o secretário-executivo disse que o processo já começou. | AG/DN/ALEX GALLARDO
Sem explicar como é possível recolher as carnes sem os códigos de barra, o secretário-executivo disse que o processo já começou.| Foto: AG/DN/ALEX GALLARDO

Em meio ao escândalo de comércio de carne podre e adulterada, o secretário-adjunto do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, afirmou que já começou a recolher a carne estragada que está em circulação, mas disse que a população tem de ficar tranquila e tomar cuidados na hora de comprar no supermercado. Três fábricas de aves, salsicha e mortadela foram fechadas outras 21 estão sob suspeitas de fraude em carne bovina e até ração para animais de estimação.

Durante uma entrevista coletiva que durou cerca de uma hora e meia, o número dois do Ministério da Agricultura disse que, pessoalmente, comprará carne no fim de semana, mas afirmou que o brasileiro tem o direito de não comprar. Argumentou que há no Brasil, há mais de 4 mil estabelecimentos e que a fraude é restrita a apenas um número baixo. “Os riscos são muitos pequenos. Não há razão para pânico”, disse o secretário.

Ele ainda informou que a partir de segunda-feira, começarão a ser rastreados os códigos de barra dos produtos dos três frigoríficos em que a fraude foi confirmada. São duas fábricas do Pecin no Sul do país: em Jaguará do Sul (SC) e Curitiba (PR). Uma planta da BRF na cidade de Mineiro, em Goiás, também foi fechada.

As fábricas do Sul produziam embutidos. Foram detectados problemas em salsichas e mortadelas. Já a fábrica goiana é produtora de aves. As três plantas já tiveram as portas fechadas.

Sem explicar como é possível recolher as carnes sem os códigos de barra, o secretário-executivo disse que o processo já começou. Falou que até dos supermercados os produtos estão sendo retirados das prateleiras.

No entanto, recomendou a população que informe ao ministério caso encontre produto suspeito por meio do 0800-704-1995.

O secretário informou ainda que o órgão afastou 33 servidores envolvidos na fraude da carne, exposta pela Operação Carne Fraca. Serão abertos processos administrativos contra esses funcionários públicos. “O que nós queremos dizer para a população é que fique tranquila. Nosso sistema é um dos mais avançados do mundo”, falou o secretário em entrevista coletiva, que alertou as pessoas devem ficar atenta aos aspectos da carne como cor, cheiro e consistência.

Novacki ponderou que um grupo muito pequeno de servidores foi suspenso. E lembrou que o quadro do ministério é de 11 mil servidores. Eles tiveram o acesso aos sistemas bloqueados logo cedo. “É necessário fazer uma limpeza. É necessário separar o joio do trigo”, disse. “Não basta ser íntegro e ser correto, tem de parecer íntegro e correto”.

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