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Deputada federal e agrônoma Tereza Cristina será ministra da Agricultura, a partir de 1º  de janeiro | SERGIO LIMA/AFP
Deputada federal e agrônoma Tereza Cristina será ministra da Agricultura, a partir de 1º de janeiro| Foto: SERGIO LIMA/AFP

Primeira mulher confirmada para comandar uma pasta no governo Jair Bolsonaro (PSL), a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), escolhida para o Ministério da Agricultura, disse na noite desta quarta-feira, 7, esperar “corresponder” à expectativa do setor produtivo. Afirmou ainda que é preciso ter cuidado com o que fala “porque o mercado é sensível”. A nova ministra deve se reunir com o presidente eleito, pela primeira vez após o anúncio de seu nome, na manhã desta quinta-feira, 8, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

“O governo e a transição estão muito abertos ao diálogo. Temos de ter cuidado com o que vamos falar porque o mercado é sensível. Qualquer fala fora do tom pode prejudicar a abertura de mercado. Temos até 31 de dezembro para apresentar à sociedade o que é a cara do governo Bolsonaro”, afirmou Tereza Cristina ao deixar o prédio onde mora, na Asa Norte, o mesmo edifício em que o presidente eleito também ocupa um apartamento funcional.

Apesar disso, ela afirmou que ainda não conversou com Bolsonaro. “Tive vontade de visitá-lo, mas vou cumprir a liturgia porque ele é presidente eleito.”

Indicada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e pelo Instituto Pensar Agro, Tereza Cristina, de 64 anos, disse que ficou “honrada e feliz” com a indicação. “Espero corresponder ao que o setor produtivo espera de mim. Sou agrônoma e a vida toda trabalhei com o setor. Temos desafios grandes pela frente. Que Deus me proteja.”

Ao ser questionada sobre o que pretende fazer no ministério, completou: “Prefiro sentar lá com eles para ver o que querem de mim e dar minhas opiniões. Temos muitos mercados a conquistar. Tudo indica que neste ano teremos uma grande safra novamente. Precisamos de crédito, estradas, infraestrutura”.

Tereza Cristina disse ainda que a possibilidade de fusão dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, agora descartada pela equipe de Bolsonaro, causou “mal-estar”. “Hoje existem muitas barreiras comerciais, que são protecionistas lá fora. Esse é um assunto que causou mal-estar. Para que fazer a fusão se a gente teria mais ônus do que bônus? Mas tenho certeza que ele dará sua cara ao Ministério do Meio Ambiente”, afirmou ela.

A deputada defende, porém, que a Agricultura fique com programas ligados a agricultura familiar, pesca e com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), atualmente atrelados a outros ministérios.

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