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Uma competição aonde os pilotos são apenas coadjuvantes e os carros assumem papéis de estrelas do espetáculo. Essa talvez seja a melhor forma para definir o Campeonato Mundial de Carros de Turismo, modalidade da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) que envolve seis das grandes montadoras do planeta e nove diferentes modelos. Neste fim de semana, o público paranaense terá o privilégio de ser o primeiro no país a conferir de perto os pegas entre potências automotivas, como BMW, Alfa Romeo e Chevrolet.

O Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, foi o escolhido para receber a quinta prova do ano e, provavelmente, será palco para a abertura da temporada 2007.

A categoria foi criada numa parceria entre montadoras e FIA com o propósito de divulgar o produto e a marca, afinal de contas nada melhor que usar a paixão pela velocidade para chegar ao consumidor. Os carros que estarão cruzando a reta do Circuito Raul Boesel, no domingo, a quase 250 km/h, são os mesmos que saem da linha de montagem das fábricas, com ligeiras adaptações para a corrida. "Para integrar o grid da WTCC (World Touring Car Championship) é preciso que o modelo tenha 10 mil unidades produzidas por ano. Na pista está a plataforma de um carro de rua, com algumas tecnologias embarcadas", explica Augusto Farfus dos Santos, idealizador da prova em Curitiba e pai do piloto Augusto Farfus Jr., 22 anos, único brasileiro a integrar a competição multimarcas.

As montadoras que se "digladiam" nas pistas são a Alfa Romeo, com o modelo 156; a BMW, com a linha 320; a Seat, do novo León; a Chevrolet, com o Lacetti; a Honda, com o Accord; e a Peugeot, com o 407. Mas a lista de pretendentes ao título de construtores não pára por aí. A Lada entra este ano na categoria (não corre em Curitiba) para mostrar que, apesar de feios, os carros da montadora russa podem ser rápidos. A idéia também é atrair modelos que disputam os campeonatos nacionais de turismo, como o Inglês (BTCC). Lá, entram na pista o Lexus IS200; o ZS, da montadora britânica MG; e o Vauxhall Astra, igual ao "nosso" Stock Car. Para o próximo ano, a expectativa é de que a Mazda e Ford integrem a lista de "equipes".

"Já virou tradição as montadoras escolherem o esporte de velocidade para fidelizar uma determinada versão de carro. A BMW e a Alfa Romeo, no Turismo, e a Peugeot, no Mundial Rali são bons exemplos. Aliás, mais recentemente a Seat e a Chevrolet incrementaram as vendas de esportivos direcionados aos jovens devido à exposição nas competições na Europa", enfatiza Augusto Jr, que corre pela Alfa Romeo. "É muito comum durante as provas as fábricas levarem para a pista clientes, vendedores e futuros consumidores para conhecer o produto", emenda Fábio Ravaioli, delegado da FIA para assuntos de imprensa do WTCC. A média de público por prova no Velho Continente ultrapassa a casa das 40 mil pessoas. "Nas etapas, a gente vê o público torcendo pela marca de carro que tem na garagem e não pelo protótipo como acontece em outras categorias", completa

Na Europa, além da forte divulgação na mídia impressa, o canal de tevê Eurosport transmite todas as etapas, inclusive os treinos, para 150 países. No Brasil, a Bandsport, que integra a grade da TVA, se encarrega de mostrar a categoria. Para 2007, a organização da prova brasileira está negociando a transmissão do evento com uma grande rede de tevê nacional.

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