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Fox em sua versão 2010 ganhou mais itens de conforto para se distanciar do Gol | Fotos: Divulgação
Fox em sua versão 2010 ganhou mais itens de conforto para se distanciar do Gol| Foto: Fotos: Divulgação
  • Os modelos Fox e Gol passaram a oferecer câmbio semi-automático
  • Chevrolet Agile chega mais equipado do que o Corsa
  • Fiat deixou a picape Strada cabine dupla bem equipada

A volta gradual do IPI ao setor automotivo não esfriou a euforia das montadoras e concessionárias. Além de comemorar os re­­cordes de vendas de automóveis e comerciais leves – que acumula de janeiro a outubro 2,493 mi­­lhões de unidades, aumento de 7,4% em comparação ao ano passado –, fabricantes e revendedores festejam um novo fenômeno no mercado brasileiro: a sofisticação do consumo.

Em outras palavras, os brasileiros têm comprado carros mais ca­­ros, fruto de um ambiente de queda de preços, juros mais baixos e alongamento dos prazos de financiamento. Um levantamento da Fe­­deração Nacional da Distribui­ção de Veículos Auto­mo­­­­tores (Fe­­na­­brave) prova isso. O gasto médio do consumidor bra­­sileiro com a compra de carros passou de R$ 34 mil, em 2008, para R$ 37,8 mil, es­­te ano. Na ponta do lápis, a diferença é grande para o setor, já que os carros mais caros são os que possuem maior margem de lucro, enquanto os modelos de entrada, os chamados "populares", tra­­zem uma rentabilidade mais "espremida" para quem produz e para quem vende.

O presidente da Fenabrave, Sér­gio Reze, constata que a mu­­dança de patamar de consumo tem feito as montadoras investirem nos lançamentos de veículos com preços acima de R$ 45 mil. "O aumento do poder aquisitivo da população faz com que as montadoras apostem mais em outros segmentos", afirma Reze.

Mas o aumento da renda do bra­­­sileiro tem refletido, na verdade, em todos os segmentos de carros. Para atrair o consumidor, vale até colocar item de "luxo" em au­­to­móvel popular. É o caso das versões com câmbio semi-au­­tomático do Fiat Palio, chamado de Dualogic, que sai por R$ 37.230, e do Volks­wa­­gen Gol, o I-Motion, com preço su­­gerido pela montadora de R$ 34.605. O I-Motion pode ser equipado ainda com o volante do Pas­sat CC.

A General Motors também de­­cidiu mudar a estratégia de produto. A ideia inicial era lançar o Chevrolet Agile como substituto do Corsa, mas desistiu. Mais equi­­pado do que o "primo", o no­­vo hatch da marca chegou com preço a partir de R$ 37,7 mil. O reflexo da estratégia já é visto nas vendas de outubro, mês de es­­treia do mo­­delo, quando fo­­ram emplacadas 1.880 unidades. O número de vendas superou o do Clio, carro de entrada da Renault vendido a partir de R$ 25.390 mil, que registrou 1.761 unidades emplacadas no mesmo período.

Volkswagen

Para não perder espaço para a concorrente e dentro do próprio portfólio, a Volkswagen elevou o número de itens de conforto oferecidos no novo Volkswagen Fox, o que o distanciou mais ainda do Gol. O modelo equipado, com teto solar, retrovisores com pisca, sensores de chuva e de es­­tacionamento, pode chegar a cus­­tar mais de R$ 45 mil.

Até as montadoras chinesas viram espaço em segmentos mais caros. O primeiro modelo Chery vendido no país, o utilitário esportivo Tiggo, sai por R$ 49,9 mil. Aliás, esportividade é outro apelo na venda de produtos. Os modelos que recebem acabamento diferenciado com itens encontrados em modelos 4X4 ou apenas com detalhes que remetem ao sentimento de "aventura" também têm preços incrementados e ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro. É o caso do Volkswagen Cross Fox, Renault Sandero Stepway e do recém-lançado Nissan Livina X-Gear, que sai por R$ 51.700.

No mundo das picapes, a Fiat apostou na Strada Cabine Dupla, com preços a partir de R$ 46,8 mil. Já a Volkswagen investirá em um modelo para concorrer com a Mitsubishi L200 e Toyota Hilux, car­­ros na faixa de R$ 80 mil. Cha­mada de Amarok, a no­­va picape da Volks será lançada em dezembro.

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