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Feira realizada mês passado atraiu mais 3.500 pessoas | Deonir Spigosso/ Gazeta do Povo
Feira realizada mês passado atraiu mais 3.500 pessoas| Foto: Deonir Spigosso/ Gazeta do Povo

Recorde

Industrial tem, ainda, mais de 100 mil canetas promocionais

Outra coleção montada pelo industrial Cláudio Petrycoski conquistou o título de maior Coleção de Canetas Promocionais da América Latina, segundo o RankBrasil. A auditoria realizada em julho de 2013 constatou a existência de 95.256 canetas, com marcas diversas de empresas, órgãos e entidades do Brasil e mais de 12 países, entre eles Estados Unidos, Israel, Alemanha e Portugal.

Dessas canetas, 264 não são repetidas e a coleção é ampliada com frequência. O montante de canetas hoje passa de 100 mil. "Onde vou sempre fico olhando para a caneta que as pessoas estão usando. Se não tenho na minha coleção vou logo pedindo, e quando explico o motivo as pessoas entregam com gosto", comenta, salientando que adora canetas.

Existem coleções de canetas em diversos pontos da América Latina. Um dos locais bastante conhecidos e difundidos é em Colônia Riachuelo, no Uruguai, onde são cerca de oito mil unidades, quantidade bem menos expressiva que a reunida em Pato Branco por Cláudio Petrycoski, que buscará, num futuro não muito distante, inscrever sua coleção no Guiness Book.

  • Cláudio Petrycoski com uma das últimas aquisições da coleção, um Ford T 1917
  • Uma das atrações é o Messerschmitt ano 1956, que tem peças de aviões da 2.ª Guerra Mundial
  • Cadilac Imperial 1941 é um dos preferidos do colecionador
  • O colecionador precisou de dois barracões para guardar os carros raros

Ter em sua garagem um veículo antigo com todos os detalhes de quando saiu de fábrica é um desejo da grande maioria dos apaixonados por carros. Mas já pensou em ter mais de 200? Para Cláudio Petrycoski, industrial do ramo de fogões, em Pato Branco, esse sonho só não é totalmente real porque sua coleção não coube na garagem. Teve de alugar dois barracões para guardar os carros. E olhe que o espaço está ficando pequeno, já que Petrycoski continua aumentando a sua coleção.

Na última semana, por exemplo, chegaram mais três Fords, um deles fabricado em 1917, modelo Ford T, versão pouco mais evoluída do que a que estreou a linha de montagem aberta por Henry Ford. São todos pretos, já que a cor era a única oferecida pela marca naquela época.

A história de cada veículo impressiona e Petrycoski sabe uma por uma, até porque vistoria cuidadosamente as preciosidades antes de comprá-las por todo o país. Quanto mais raro, preservado e com vínculo histórico, político ou cultural, maior o valor.

Esses números são mantidos em sigilo. Foram aquisições feitas em menos de um ano e que demandaram várias carretas para transportar os carros até Pato Branco. A coleção não tem critérios de estilo, montadora ou geração, só precisa ser atraente para o colecionador.

Raridades

Nos barracões estão raridades como uma réplica do Ford 1896 – desenvolvido por Henry Ford; uma motocicleta Soviética que participou da Guerra do Afeganistão; e um Ford 1919, que foi o primeiro veículo a trafegar na inauguração da Ponte Tancredo Neves, na Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Uruguai) em evento realizado em 26 de novembro de 1985, com a presença dos presidentes José Sarney, Raul Alfonsin e Alfredo Stroessner, no chamado Raid da Fraternidade.

Outro integrante da coleção é um Corvette Pace Car, 1978, de 165 cv, dos Estados Unidos. O veículo faz parte de uma Série Especial com 2.600 unidades produzidas, comemorativas à 62.ª edição das 500 milhas de Indianápolis. Outra atração é um Messerschmitt, 1956, feito a partir de peças do avião ME110, alemão, utilizado durante a 2.ª Guerra Mundial.

O curioso é que Petrycoski não anda com os veículos. Raras vezes desfilou com alguns deles pelas ruas. Diz que é perigoso bater, teme perder o valor por excesso de exibição e que depois não sirva como atração para o futuro museu que pretende construir. Mas afinal para que ter uma coleção de carros se não pode usá-los? "Gosto muito de carros de época e sempre tive vontade de ter alguns. Agora surgiu a oportunidade e como quero criar um museu para que as pessoas possam conhecer e ter essa chance aqui no Sudoeste do estado, resolvi comprar", explica o colecionador. Ele já apresentou ao público os carros em uma feira no mês passado. Gosta em particular do Cadilac Imperial 1941, mas aprecia vários outros.

Mercado

As aquisições foram feitas a partir de contatos particulares e com empresas de Curitiba, São Paulo e outros pontos do país. O interessante é que após algumas compras, conta Petrycoski, o pessoal entra em contato para oferecer. Na verdade existe um mercado envolvido com esses carros que poucos podem pagar, mas que também pode oferecer uma boa margem de lucro.

Você venderia algum desses carros, nem que fosse pelo dobro do que pagou? "Se um colecionador me oferecer 50% a mais do que paguei eu vendo, nem precisa o dobro. Aí vou comprar outros ainda mais raros", disse rindo, reforçando o constante crescimento e aperfeiçoamento da coleção.

A preocupação com a qualidade dos carros é tanta que Petrycoski montou uma oficina restauradora só para cuidar desses veículos. Ele adiantou que está escolhendo entre dois terrenos onde vai construir o museu que vai manter os veículos, mas que deve realizar uma nova exposição ainda no primeiro trimestre de 2014.

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