“Completa até a boca, chefia?” A frase (e atitude) tão comum nos postos de combustíveis pode estar com os dias contados. O projeto de lei 3327/2015 em tramitação na Câmara dos Deputados quer proibir o famoso ‘chorinho’ ao completar o tanque de combustível.
O limite passaria a ser no acionamento da trava de segurança da bomba de abastecimento (ao ouvir o clique). A proposta também obrigará os postos a instalarem filtro nas bombas. Elaborada pelo deputado Giovani Cherini (PDT/RS), a medida agora está sob a avaliação da Comissão de Seguridade Social e Família.
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De acordo com o texto do projeto, a proibição visa diminuir a emissão de gases poluentes que vem do tanque do veículo. O abastecimento ‘a mais’ faz com que o combustível encharque o filtro, comprometendo a sua eficiência em filtrar o vapor da gasolina que passa por ali. O deputado entende que desta forma a poluição seria eliminada no meio ambiente.
A justifica também se aplica à exigência de um filtro na parte externa do bico de abastecimento nas bombas. O dispositivo “deve conter elementos que retenham os vapores de solventes oriundos do tanque de combustível, por ocasião do abastecimento, impedindo a dispersão dos mesmos no meio ambiente", diz o projeto.
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Cherini explica no documento que apesar da presença do filtro no tanque de combustível, ainda sim a emissão de gases tóxicos é extremamente alta e maléfica ao frentista e ao consumidor.O parlamentar argumenta ainda que gasolina contém diversas substâncias perigosas à saúde, o que impacta diretamente na saúde do frentista.
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“Em curto prazo pode provocar dor de cabeça, sonolência, tontura, náusea, vômito e irritação das vias respiratórias, pele e olhos. Já a exposição prolongada aos vapores de combustível pode causar doenças sérias, como distúrbio de comportamento, irritabilidade, atingindo o sistema nervoso central e causar o câncer ocupacional", descreve a proposta.
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