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Avaliar antes o grau de dificuldade do obstáculo e transpô-lo com paciência são virtudes indispensáveis para o sucesso no off-road | Maurício Machado/Divulgação
Avaliar antes o grau de dificuldade do obstáculo e transpô-lo com paciência são virtudes indispensáveis para o sucesso no off-road| Foto: Maurício Machado/Divulgação

Saiba mais

Participar de cursos é fundamental para o aprendizado off-road.

Técnica 4x4

Ministrado por João Roberto de Camargo Gaiotto, o curso Técnica 4x4 inclui aulas teórica e prática voltadas para profissionais que trabalham com veículos 4x4 e pessoas que utilizam para o lazer. Mais informações no site (www.tecnica4x4.com.br) ou pelo telefone (41) 3085-7467. Gaiotto também é o responsável pela instrução do Curso Direção 4X4 Dpaschoal, realizado por todo o Brasil (www.dpaschoal.com.br/4x4).

Passeios

O Jeep Clube de Curitiba organiza passeios por diversas trilhas na região metropolitana da capital. O evento é aberto também para não-sócios. Saiba mais no site no JCC (www.jeepclubedecuritiba.com.br) ou pelo telefone (41) 3352-5063/ 8494-0008.

  • Mantenha a tração 4x4 em terrenos com lama, pedras e erosão

Campos do Jordão (SP) - Em meio ao número crescente de picapes e jipes com tração 4x4 que invadem as ruas brasileiras, há sempre aquele proprietário disposto a desbravar o mundo off-road, e não apenas utilizar o carro como sinônimo de status e segurança no trânsito urbano. Po­­rém, muitos deles não conseguem tirar os pneus do asfalto, seja pelo receio de encarar terrenos irregulares ou por desconhecimento das técnicas. Cursos promovidos por montadoras e clubes automotivos facilitam o ingresso fora-de-estrada e en­­sinam a melhor maneira de explorar as potencialidades dos veículos 4x4.

A reportagem do caderno Auto­mó­­­veis, Motos & Cia foi convidada pela Toyota do Brasil a participar de um deles, tendo como roteiro trilhas acidentadas da Serra da Mantiqueira, na região de Campos do Jordão (SP). Após um dia inteiro de curso, com au­­­­las teórica e prática, chegou-se a con­­­clusão que qualquer motorista pode se aventurar na terra, na lama ou em estradas com erosões, desde que tome algumas precauções.

No curso da Toyota foram usadas a picape Hilux e o jipão SW4, equipados com o sistema de tração 4x4 optativo, que predomina na maioria dos modelos existentes no mercado. Nele, o condutor pode escolher por manter a tração em duas rodas (4x2) ou acionar as quatro rodas (4x4). Em ambos os casos é possível engatar ou desengatar a tração com o carro em movimento, obedecendo a velocidade limite informada no manual do proprietário – em média 80 km/h.

Helena Deyama, responsável por ministrar o curso e que leva na bagagem a experiência de 15 anos em competições off-road, dez deles no Rally dos Sertões, fez questão de frisar que a tração no modo integral (4x4) deve ser utilizada em trechos alagados, com pedras, subidas e descidas íngremes, inclinações laterais e erosões. "Na hora de fazer a troca de tração, pise um pouco na embreagem para poupar a caixa de transferência", orientou. A 4x4 não é recomendável em pisos de muito atrito como asfalto e cimento. Isso poderá causar danos na transmissão. Por outro lado, se a pista estiver bastante molhada e repleta de curvas, o modo integral é indicado por distribuir a mesma quantidade de força nos quatro pontos de contato com o solo e assim garantir o melhor controle do veículo.

Alguns utilitários trazem a reduzida, um sistema auxiliar muito útil em trilhas mais pesadas, como atoleiro e areia, que duplica a força de tração nos dois eixos. O encaixe desta marcha deve ser realizado sempre com o carro parado e desengatado. No caso de câmbio automático, é necessário pisar no freio e colocar na posição "N" para efetuar a mudança. Em descidas de baixa aderência, Helena deu a dica: acione a reduzida juntamente com a primeira marcha – posição "L" no automático. Isso deixará o carro ainda mais amarrado, evitando o uso do freio e consequente travamento das rodas. Caso isso ocorra, o carro deslizará e o condutor perderá o controle das manobras. "Nestas condições, pisar na embreagem nem pensar. Também não faça movimentos bruscos com o volante".

Ao sentir que o veículo está saindo da rota numa descida escorregadia, a pilota aconselhou dar uma leve acelerada porque o torque aplicado às rodas fará com que o rumo seja retomado. Também verifique se há trilho ou uma valeta para ajudar a guiar as rodas. Já nas subidas acentuadas, ir bem devagar, com aceleração uniforme. Não acelere demais, pois isso poderá fazer com que as rodas girem além do necessário e o veículo perderá força e contato com o solo. "Deslizou o pneu, volte e pegue novo embalo", recomendou. Nos atoleiros ou alagados, aplique a reduzida conjugada com a segunda ou terceira marcha e aceleração constante. "Encalhou, pare de acelerar. Isso vai cavar o terreno e afundará mais o pneu. Dê ré e escolha um trecho mais firme".

Além do conhecimento técnico, utilizar pneus adequados conta muito para encarar trilhas mais radicais. A calibragem também deve ser reduzida, pois isso aumenta a superfície de contato dos pneus com o solo, proporcionando melhor aderência. E lembre-se: é regra nunca andar só.

O jornalista viajou a convite da Toyota

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