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‘Podem investigar’: MBL afirma que não recebeu dinheiro público para falar bem da Reforma da Previdência
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O Movimento Brasil Livre (MBL) rebateu a acusação de servidores públicos de que teria recebido dinheiro do governo federal para falar bem da Reforma da Previdência. Para o coordenador nacional do grupo, Kim Kataguiri, a representação feita à Procuradoria-Geral da República quer “intimidar aqueles que são a favor” das mudanças.

O pedido de investigação foi feito nesta segunda-feira (11) pela ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), pela FENAFISCO (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) e pela APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais) e não tem prazo para ser analisado.

Kim Kataguiri afirmou que a reforma da Previdência entrou na agenda do MBL em 2015 e ironizou o argumento dos servidores de que “a linguagem utilizada” pelo grupo seja semelhante a de campanhas do governo federal (veja os vídeos abaixo).

“A gente sabe que a capacidade de comunicação não é a especialidade desse governo, dada a popularidade do presidente da República. Parece pouco razoável que sejamos nós que estejamos copiando uma linha de propaganda.”

Como indício da irregularidade, os servidores citam ainda uma notícia publicada pelo jornal Folha de S.Paulo em 6 de dezembro, que afirmava que auxiliares do presidente acompanhavam com entusiasmo os vídeos do MBL. Tanto a campanha do Palácio do Planalto como as publicações do Movimento sustentam que a Reforma da Previdência “acaba com privilégios”.

O presidente da APCF, Marcos Camargo, alegou que há indícios de que o governo federal tenha feito um “pedido de socorro” ao grupo e afirmou que os servidores públicos estão sendo “demonizados”.

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“O ponto mais sensível pra gente é a questão de se escolher o servidor público como bode expiatório de todos os problemas quando o governo, na verdade, promove uma série de renúncias fiscais”, declarou. “Não há privilégios. O servidor paga para ter os benefícios sociais que tem.”

A propaganda do Palácio do Planalto afirma que “tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”. Dentre outras mudanças, a reforma prevê que políticos e servidores públicos se aposentem com até R$ 5.500. Segundo a APCF, a aposentadoria de um perito criminal federal que ingressou na carreira antes de 2003 pode chegar a R$ 28 mil.

Campanha do governo federal veiculada no Twitter: Planalto argumenta que Reforma da Previdência combate privilégios

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