A família de Marielle Franco (PSOL-RJ) quer que a Justiça determine que o Google remova do YouTube todos os vídeos caluniosos publicados contra a vereadora na plataforma. A parlamentar e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos no centro do Rio de Janeiro em 14 de março.
Na ação (PDF), protocolada na quarta-feira (21) no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a irmã de Marielle, Anielle Barboza, e a companheira da parlamentar, Monica Benício, pedem que os vídeos sejam retirados do ar no prazo de 24 horas, sob pena de multa diária. O documento lista 40 links, que somam mais 13,4 milhões de visualizações.
A família afirma que “fake news [notícias falsas], discursos de ódio e conteúdos criminosos inverídicos”, que começaram a ser veiculados no dia seguinte ao assassinato de Marielle, ferem sua honra e memória. O material apresentado na ação foi coletado a partir de um e-mail criado pelo PSOL no sábado (17) para receber as denúncias.
“Os mais 16 mil e-mails recebidos com denúncias de notícias falsas e criminosas e o discurso de ódio contra Marielle Franco representam um clamor popular para que o Poder Judiciário se posicione de maneira combativa contra atos criminosos e atentatórios à honra e à dignidade das pessoas, de difícil punição, porém, não impossível”, afirma o texto.
Além da ação apresentada nessa quarta-feira (21), o PSOL denunciou a desembargadora Marilia Castro Neves ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e processou o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
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