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Celulares são os meios mais usados para propagar fake news. Foto: Bruno de los Santos/Fotos Públicas
Celulares são os meios mais usados para propagar fake news. Foto: Bruno de los Santos/Fotos Públicas| Foto:

O assunto mais falado da disputa eleitoral deste ano, sem dúvida, foi a questão das fake news.

Notícias, vídeos, fotos, montagens, áudios que, de maneira escusa, se infiltraram pelas redes sociais e aplicativos de mensagem com a intenção de derrubar ou promover candidatos.

Esta semana, um dado alarmante faz com que o brasileiro repense seu modo de conduzir as decisões do País.

A Toluna, empresa global de informações, formou estudo que mostra que 30% dos brasileiros acham legítimo que um candidato use fake news para se promover ou para prejudicar seus adversários.

Isso explica, em boa parcela, a tensão no clima das eleições brasileiras deste ano. Afinal, sem saber da realidade das notícias, quase 76% dos entrevistados afirmam compartilhar conteúdos que recebem.

O estudo ainda pergunta se as pessoas conseguem identificar quando recebem fake news. A maioria delas (70%), afirma que consegue reconhecer informações falsas, com 21% dizendo que tem dúvidas em como reconhecer essas notícias e 9% garantindo que não sabem como reconhecer as pautas falsas.

As respostas divergem muito da realidade, tendo em vista o elevado número de informações falsas disseminadas nas redes, de todos os lados.

O estudo mostra que quase 60% dos entrevistados conferem a veracidade antes de compartilhar, enquanto 36% o faz apenas quando duvida da informação.

O problema está justamente em como é feita essa checagem, uma vez que a maioria apenas ‘dá uma busca geral no Google’, enquanto pequena parcela busca em sites especializados, que realmente trabalham com ferramentas de fact checking para derrubar fake news.

Outra pergunta feita aos entrevistados é se as pessoas acreditam que só recebem informações verdadeiras sobre seus candidatos.

A pesquisa mostra que a maioria, ou seja, 69% delas dizem acreditar que recebem metade das notícias reais e metade falsas; 20% acham que só recebem fake news; e 10% deles afirmam que tudo o que recebem é verdade.

Mas o fato é que o brasileiro gosta de divulgar e compartilhar o que recebe, ao melhor estilo da ‘fofoca digital’. Se antes a conversa era por cima do muro, hoje é feita no toque dos dedos.

O estudo da Toluna mostra que 76% dos entrevistados enviam os artigos que recebem para outras pessoas.

Ainda assim, e para curiosidade geral, 90% desse público afirma que lê tudo antes de passar a informação para frente, contra 6% falando que analisa apenas parte do texto, e 4% que só leem a manchete antes de sair disparando.

Para finalizar, vamos entender como é composto o perfil da pesquisa. Dos 1032 entrevistados, 66% são mulheres e 34% homens.

A maior parcela declarou ser profissional da área administrativa ou técnica (18,22%), seguida por 15,6% de desempregados e 13,57% de estudantes.

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