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Derrota na urna, cargo no governo: políticos que perderam eleição são indicados para secretarias
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O período de escolha de secretários e de montagem de equipes dos novos governos estaduais está servindo para que políticos que perderam as eleições de outubro consigam cargos nas futuras administrações.

Derrotado na tentativa de se tornar senador pelo Maranhão, Sarney Filho foi escolhido o secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal pelo governador eleito, Ibaneis Rocha (MDB). O filho do ex-presidente da República é atualmente deputado federal, cargo que exerce desde 1983. Ele foi também ministro do Meio Ambiente nas gestões de Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso.

No Espírito Santo, o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Velloso Lucas será o presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), órgão técnico vinculado ao governo estadual. Lucas tentou em 2018 voltar à Câmara dos Deputados, mas passou longe de obter os votos necessários. Curiosamente, o governador eleito que o escolheu agora, Renato Casagrande (PSB), já foi seu adversário no passado.

O governador eleito João Doria (PSDB), de São Paulo, indicou que a deputada estadual Célia Leão será a titular da Secretaria da Pessoa com Deficiência. A parlamentar buscou em outubro seu oitavo mandato consecutivo na Assembleia paulista, sem sucesso. Doria terá também no seu secretário três ministros do governo Temer – Gilberto Kassab (Casa Civil), Rossieli Soares (Educação) e Sérgio Sá Leitão (Cultura).

Já no Amazonas, as nomeações de “desempregados ilustres” não são – ainda – para o futuro governo, e sim para a equipe de transição. O governador eleito Wilson Lima (PSC) indicou dois ex-secretários do governo paulista de Geraldo Alckmin (PSDB), o médico David Uip e o professor Gabriel Chalita. Integrante do movimento Agora! e candidato derrotado a deputado federal, Humberto Laudares é outro que compõe a transição amazonense.

Rio
Deputado federal em terceiro mandato, Otavio Leite (PSDB-RJ) também não conseguiu se reeleger em outubro. No seu caso, o vilão foi o sistema proporcional aplicado nas eleições nacionais – ele somou mais de 50 mil votos mas, pelas regras do jogo, estará fora da Câmara, enquanto alguns candidatos que não ultrapassaram os 30 mil estarão com mandato.

Ele foi indicado como secretário de Turismo da gestão de Wilson Witzel (PSC), que se inicia em janeiro. Diz não saber se o convite teria surgido caso o resultado das urnas fosse outro. “Quis o destino me reservar essa oportunidade na qual eu posso prosseguir trabalhando em prol do Rio de Janeiro”, destacou.

No campo federal, a nomeação de políticos derrotados ainda não se concretizou com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). As duas pessoas que ocuparão ministérios em 2019 e disputaram as eleições deste ano foram vitoriosas: Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Tereza Cristina (DEM-MT), ambos deputados federais reeleitos. Quem quebraria essa tendência é o senador Magno Malta (PR-ES), que não conseguiu renovar seu mandato e é especulado para o eventual Ministério da Família.

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