(EM BREVE, atualizo com informações completas como prometido hoje na live A Protagonista)
Apesar de ter plantado na imprensa a notícia de que iria se reunir com Jair Bolsonaro para reverter a própria demissão, que teria sido causada pela rusga com uma única pessoa, o presidente da Apex, Alex Carreiro, não foi recebido pelo presidente da República.
Ele apareceu para dar expediente, reuniu-se durante a manhã com assessores que levou para a pasta em sua passagem relâmpago e havia rumores de que prepararia mais uma lista de demissões, como esta, que contrariou servidores, a diretoria da Apex e o ministro Ernesto Araújo.
O problema não era nem a demissão em si das pessoas, mas a falta de planejamento. Em menos de uma semana, ele demitiu as gerências de contratos e licitações, RH, comunicação, finanças, jurídico, investimento, ouvidoria e auditoria. Não houve nenhum planejamento da transição dos cargos e foram contratadas outras pessoas. As nomeações e demissões na Apex não são publicadas no Diário Oficial.
O incômodo não era apenas pelas demissões, mas pelo fato de Alex Carreiro jamais ter trabalhado com comércio exterior e nem falar inglês fluente. Não é o perfil que se espera para a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos.
Soma-se a isso o fato de o Estatuto da Apex dar apenas ao presidente o direito de nomear e exonerar, embora faça a ressalva que os diretores têm a função de indicar contratações de sua área ao presidente. Alex Carreiro sequer consultou os diretores sobre as pessoas que seriam nomeadas. É um direito que ele tem, de acordo com o estatuto, mas não é a praxe nem o melhor para o trabalho da Apex.
Ernesto Araújo, segundo várias pessoas que trabalham na Apex, teria pedido para que Alex Carreiro renunciasse. Como ele não o fez, postou no twitter que ele havia pedido demissão. Acontece que a exoneração, que só pode ser assinada pelo presidente Jair Bolsonaro – o chanceler não tem esse poder – não foi publicada hoje. Ele aproveitou a tecnicalidade para ir trabalhar como se nada tivesse acontecido.
Aproveitou para tentar pressionar via imprensa o presidente Bolsonaro a recebê-lo, já que havia dito na Apex pela manhã que tinha uma reunião marcada, mas a reunião não fazia parte da agenda. Houve uma reunião de Jair Bolsonaro, mas com o provável novo presidente da Apex, Embaixador Mario Vilalva, acompanhado de Ernesto Araújo.
É a pessoa que o chanceler disse ter indicado ao presidente:
O comentário na Apex é de que a foto chancela a demissão de Alex Carreiro e a ascensão do Embaixador ao posto.
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