Imagino que todos tenham visto o resgate dos beagles que aconteceu na madrugada de sexta-feira, no interior de São Paulo. A ação dos ativistas levantou uma discussão que deveria estar em pauta desta forma aqui no Brasil há muito tempo: o uso de animais em testes de laboratórios, não só na indústria de cosméticos mas na de medicamentos também.
O que os protetores fizeram em São Paulo já acontece em outros países há muito tempo (nos EUA tem uma ong, a Beagle Freedom Project que invade laboratórios resgatando os cãezinhos). Por aqui já estava mais do que na hora da sociedade se ligar nisso.
Acho revoltante qualquer argumento que apoie esse tipo de pesquisa. Ontem, na reportagem do Fantástico sobre o assunto, os funcionários da Royal disseram que entre as pesquisas estão as de remédio para o câncer. Obviamente que isso foi dito para convencer as pessoas de o que fazem é certo, pois é por uma “causa nobre”. Fosse assim muitos atos de crueldade e maus-tratos seriam justificáveis.
Sei que o que os ativistas fizeram tem implicações jurídicas. Mesmo assim, apoio incondicionalmente. Faria o mesmo se estivesse lá. Claro que não é simples e fácil assim, mas foi uma forma legítima de levantar a discussão.
Em tempo: para quem não concorda com qualquer tipo de teste em bichos, há uma lista de empresas que fazem e que não fazem (www.pea.org.br/crueldade/testes/naotestam.htm). É bom dar uma olhada e pensar uma, duas, três vezes antes de consumir um produto que foi testado em algum animal.
