Vamos falar em português claro: o que a governadora Cida Borghetti (PP) fez nesta sexta-feira foi fugir ao debate. Fugir às explicações que teria de dar sobre diversos temas importantes de sua gestão e de sua carreira política. Preferiu o conforto do silêncio.
Cida Borghetti havia pedido duas vezes transferências de data para poder comparecer à sabatina da Gazeta do Povo. Tudo bem: ela é governadora, tem agenda mais pesada do que os demais candidatos. O jornal atendeu a todos os pedidos. Mesmo assim, ela não foi.
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O aviso de que Cida não compareceria foi feito em cima da hora, no dia da entrevista. De repente, depois de ver as duas primeiras entrevistas da série (bastante pesadas, como devem ser) com Ratinho Jr. (PSD) e João Arruda (MDB), a governadora se lembrou de um compromisso mais importante.
As sabatinas da Gazeta, modéstia à parte, têm sido as mais completas e mais pesadas da campanha. Nelas, os candidatos têm de realmente se explicar sobre contradições, são confrontados com sua vida pregressa e são questionados com firmeza sobre problemas éticos e legais.
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A ideia é dar o máximo de transparência ao debate público. Afinal, o eleitor tem o direito de saber quem governará seu estado. Cida preferiu a opacidade. Preferiu simplesmente não se explicar.
Como explicação para o que aconteceu, o jornal transmitiu ao vivo por redes sociais e no seu site as três dezenas de perguntas com que a governadora seria confrontada. A resposta é o gritante silêncio com que a candidata brindou os paranaenses.
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