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Rafael Greca. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.
Rafael Greca. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.| Foto:

Um vídeo de nove segundos pode ter sido o fator decisivo da campanha de Curitiba. Tudo indica que, não fosse por ele, Rafael Greca teria passado a  régua já no primeiro turno. Com o vídeo, precisará passar para o segundo turno contra Leprevost.

Greca aparecia numa ascensão furiosa nas pesquisas. Chegou a 45% dos votos e não parava de subir. De repente, numa sabatina da PUC, deu uma de amador. Esqueceu que ainda não tinha vencido a parada e falou o que não podia.

No vídeo, já decorado pelos curitibanos, dizia que vomitou ao sentir o cheiro de um pobre mendigo que tentou ajudar uma vez. Vomitar com cheiro de pobre foi uma expressão que definitivamente não pegou bem.

A partir dali, Greca começou a perder votos. Aumentou a rejeição – que pode ser fatal no segundo turno. E mesmo pedindo desculpas, dizendo que se expressou mal, que a culpa era dos adversários, não funcionou: começou a cair. Terminou em primeiro lugar, mas longe de ter maioria absoluta.

A ironia da coisa, porém, é que apesar da comemoração que isso causou na trupe de Fruet, os votos não migraram para ele. Aparentemente, o eleitor estava decidido a não votar no atual prefeito. Com isso, não votando mais em Greca, preferiu achar uma terceira opção.

Leprevost, que talvez nem estivesse crendo em suas chances, viu cair no seu colo a chance. Como um candidato conservador, bom de papo e distante tanto de Fruet quanto de Beto, aproveitou o momento.

Agora, pode ser o próximo prefeito. Embora tudo, como se sabe, possa mudar em nove segundos. Vá saber.

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