Nos três primeiros meses da gestão de Rafael Greca como prefeito de Curitiba, a população da cidade parece não ter sentido a melhora prometida pelo prefeito na área de ação social. Na campanha, Greca batia repetidamente na falta de atuação do antecessor, Gustavo Fruet, que estaria deixando as pessoas nas ruas.
De janeiro a março deste ano, segundo dados oficiais da prefeituras disponíveis na Internet, os cidadãos de Curitiba fizeram 2.486 pedidos de abordagem a pessoas em situação de rua, em diferentes condições (esmolando, dormindo na rua ou “em condição de desabrigo”, por exemplo).
O número também não diminuiu ao longo dos meses. Pelo contrário. Em março, chegou a 905 chamadas, contra 827 em janeiro: um aumento de mais de 9% em pouco mais de dois meses da gestão do prefeito.
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Greca teve um momento delicado da sua campanha causado pelo tema dos moradores de rua. Em uma palestra na PUC, disse que vomitou ao sentir o cheiro de um pobre que levava para o abrigo. Muita gente, incluindo o governador Beto Richa, disse que Greca deixou de ganhar a eleição no primeiro turno por causa dessa declaração.
O prefeito reagiu fazendo uma série de programas e dando declarações dizendo que a política de Fruet era equivocada e que ele sabia o que fazer para resolver o problema. Uma das primeiras ações ao assumir a prefeitura foi fechar o guarda-volumes dos moradores de rua da Osório.
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