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Entenda como Beto Richa se livrou de cinco concorrentes antes da campanha
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Beto Richa (PSDB) é um sujeito de muita sorte, segundo ele mesmo. A declaração é de 2014, numa entrevista, quando Beto foi questionado sobre uma dessas imensas coincidências que acontecem na vida dele e de outros políticos.

Na época, o presidente do TJ liberou bilhões para o governo bem no dia em que viu seu filho, Fabio Camargo,ser eleito  com a ajuda de Beto Richa e seus aliados, para um cargo vitalício de conselheiro no Tribunal de Contas. Seria coincidência? “Quem trabalha e tem fé em Deus, tem sorte”, disse o governador. “E eu me considero uma pessoa afortunada.”

Quatro anos depois, Beto continua protegido pelos mesmos amuletos. Enfrentando uma disputa pesada pelo Senado, viu sua eleição ameaçada pela pletora de candidatos que podiam lhe roubar votos pela direita. Nas chapas de Cida Borghetti (PP), Osmar Dias  (PDT) e Ratinho Jr. (PSD) pululavam candidatos.

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O curioso é que, antes mesmo de a eleição começar, esses candidatos foram paulatinamente desaparecendo do caminho de Richa. Um após o outro, por motivos diversos, eles desistiram ou foram levados a desistir de concorrer contra o ex-governador.

As primeiras desistências vieram do grupo de Ratinho. Ney Leprevost (PSD) preferiu ir para deputado federal. Em seguida, Takayama (PSC), presidente da bancada evangélica, subitamente preferiu deixar em seu lugar um desconhecido Renan da Mata (PSC), que levou todo repórter de política local ao Google.

Fernando Francischini (PSL), a essa altura, dizia desconfiar de um acordo branco entre Ratinho e Beto, para que Beto saísse com menos concorrência. Supostamente expelido da chapa de Ratinho, Francischini cooptou mais um candidato ao Senado, Wilson Picler (Patriota), dono da Uninter, para ser seu suplente em uma chapa forte.

Talvez assustada com a possibilidade de enfrentar Richa, Roberto Requião (MDB), Francischini e Flavio Arns (Rede), a deputada federal Christiane Yared (PR), campeã de votos na eleição passada, retirou seu nome da disputa – anunciou que iria para a reeleição.

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Curiosamente, vinte e quatro horas depois do fim das convenções, Francischini anuncia sua desistência. Yared vê que desistiu à toa, mas já é tarde. Picler, que entrou de gaiato na chapa de Francischini, fica sabendo que sua candidatura morreu.

E Richa fica, a todas essas, com a vida mais fácil do que nunca. Em um mês de convenções, livrou-se de nada menos do que de cinco candidatos do mesmo espectro político. Vá ter sorte assim na Conchinchina…

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