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Serginho do Posto.
Serginho do Posto.| Foto:

Serginho do Posto, do PSDB, assumiu a Câmara de Curitiba já com um problemão pela frente. Seu primeiro teste será nesta terça, com o projeto de ajuste fiscal de Rafael Greca. Outros vereadores disseram temer um novo 29 de abril, com confrontos entre PM e manifestantes. Não é para menos. Na semana passada, a Câmara foi cercada e o plenário, invadido. Veja entrevista exclusiva com o presidente da Câmara.

Como evitar um novo 29 de abril?
Não acreditamos que isso vá ocorrer. Estamos fazendo o esforço possível. Buscamos através da Justiça amparo para que a sessão ocorra tranquilamente. Estabelecemos o diálogo, suspendemos a sessão por cinco dias. Conseguimos agendar essa sessão num acordo: o entendimento nos levou a abrir mão da data em que votaríamos. Nesse período tivemos uma reunião na prefeitura. Mesmo  quando ocuparam a sala das comissões nós reagimos retirando os projetos de tramitação por alguns dias. Então todas as providências jurídicas eu tomei. Porém existe um fator de segurança. E isso fica com as autoridades de segurança pública.

Leia mais: Greca e vereadores contam com chuva e frio para espantar manifestantes

Os servidores insistem em retirar a urgência do projeto. Alguma chance de isso ocorrer?
Fazendo um histórico. Nesses 12 anos que estou na Câmara, todos os projetos que diziam respeito aos servidores foram discutidos em menos de 30 dias corridos. Dessa vez, estamos chegando em 90 dias. E mesmo antes eu já havia recebido sindicatos. Dei minha palavra e não assinei regime de urgência. Mas a Câmara é um colegiado e a urgência teve mais de 20 assinaturas. E temos que lembrar que estamos com dezessete dias de atraso na votação.

Mas por que a necessidade de votar agora. Por que não votar depois do recesso?
Temos o nosso calendário. Os servidores têm programação de recesso. E nós não temos esse prazo. Mas acho que a urgência nem é o real problema dos manifestantes. O Ministério Público orientou os sindicatos a fazer emendas. E apenas um sindicato, dos cinco, fez isso.

Os manifestantes reclamam de não poder entrar no prédio. Não haveria outro lugar para fazer a votação?
A sede do Legislativo é a Câmara. Não havendo a possibilidade de se usar o plenário, faz-se no anexo. Mas é no plenário que temos as condições ideais para transmitir pela internet, com áudio e vídeo. Para dar transparência ao processo.

O presidente da Assembleia, Ademar Traiano, foi muito criticado por manter a sessão em 2015 mesmo com centenas de pessoas sendo feridas pela PM. O sr., numa situação como aquela, o que faria?
Espero que a gente não chegue a esse ponto. Acredito no diálogo.

Se algum vereador for barrado, como aconteceu na semana passada, o que a Câmara pode fazer?
Acreditamos que todas as condições de ir e vir dos vereadores estarão garantidas. Mas haverá segurança para garantir esse direito.

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