Lula reabriu as gavetas da história recente da política paranaense ao se demonstrar arrependido por não ter apoiado Osmar Dias (PDT) contra Roberto Requião (PMDB) na eleição para governador, em 2006.
Requião não gostou. Segundo o peemedebista, depois de ter apoiado Lula em cinco eleições presidenciais, o ex-presidente agiu com ingratidão. Até Beto Richa (PSDB) tirou uma casquinha no Twitter criticando a declaração do petista.
Os fatos mostram que a “ingratidão” pode ser encarada de várias formas. Em 2002, Requião beneficiou-se decisivamente da “Onda Lula” para vencer Alvaro Dias (PSDB) no segundo turno.
Relembrando: Alvaro estava no PDT e também apoiou Lula. A autoavaliação do hoje tucano é de que, se tivesse pulado primeiro no barco do petista, teria vencido.
Em 2006, Requião fez um jogo ambíguo: se dividiu entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Lula. Simbolicamente, Requião não compareceu a um comício feito nas vésperas do segundo turno, na Boca Maldita, quando Lula pediu votos ao peemedebista. Quem representou a chapa foi o candidato a vice, Orlando Pessuti.
Há analistas que garantem que os votinhos conseguidos de última hora por Lula foram fundamentais para a apertadíssima vitória sobre Osmar. Outro fato é que Lula tem memória de elefante: nunca esqueceu aquela desfeita de Requião na Boca Maldita, há oito anos.
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