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Jonathan Campos/ Gazeta do Povo - enviado especial à Rússia
Jonathan Campos/ Gazeta do Povo - enviado especial à Rússia| Foto:

Após uma longa e desgastante viagem com destino à Copa do Mundo 2018, esturricando no ar condicionado do avião, com escalas em São Paulo, Roma e a chance de voar pela enigmática Aeroflot, tivemos apenas algumas horas de Moscou no domingo (10). A segunda-feira (11) foi, portanto, nosso début na capital do Mundial. O suficiente para ficar lost in translation.

Suspeito que não é uma novidade, mas quando se está aqui fica, digamos, um tanto evidente: o russo não tem nenhuma relação com o português. Sério? Sim. E, para incrementar o desafio, há ainda a barreira do alfabeto deles, uma variante local do cirílico, herança medieval dos eslavos orientais.

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E aí, qualquer tarefa, mesmo as mais prosaicas, vira um episódio de constrangimento e desinformação. Não fosse, para a nossa sorte, a companhia do colega Adriano Ribeiro, que trouxe para a Copa do Mundo, na bagagem, além de 25 quilos em roupas, quase cinco anos de estudo de russo. Adriano, desde já, obrigado.

Graças ao Adriano — para registrar, além de mim, André Pugliesi, a equipe da Gazeta do Povo no Mundial conta com o fotógrafo Jonathan Campos — ficou bem mais fácil escolher entre direita e esquerda. Dúvida que nos perseguiria, e perseguirá, em boa parte das estações de metrô.

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Pouquíssimas pessoas falam inglês, basicamente vendedores, e normalmente apenas para responder a pergunta “quanto é?”. No mais, temos esbarrados com russos sem muita disposição de entendimento e, alguns, prontos para ajudar mesmo sem um pedido, até mesmo para entabular um patético diálogo via Google Tradutor.

Aos poucos, vou me acostumando com as “imagens” das palavras, já que decorar o cirílico não será moleza. Memória fotográfica para resolver os dilemas básicos. Menos mal, naquela hora que pode ser fatal para qualquer um perdido por aí, o idioma ajudou aqui na Rússia: banheiro é toalete.

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