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Samara é o centro da indústria aeroespacial da Rússia. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)
Samara é o centro da indústria aeroespacial da Rússia. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)| Foto:

DIRETO DE SAMARA, Rússia: Duas pinturas gigantes em prédios no caminho entre o aeroporto e o centro – uma homenageando Pelé e outra Garrincha – estampam a admiração da população de Samara pelo futebol brasileiro. A sexta maior cidade da Rússia, com 1,1 milhão de habitantes, será o palco do duelo de oitavas de final, entre Brasil e México, na próxima segunda-feira (2), às 11h.

A cidade é quente – sempre na casa dos 30°C no verão – e tem até praia, lembrando Sochi, cidade-base da seleção no país da Copa 2018. No entanto, a importância histórica de Samara é bem mais significativa.

Pintura em homenagem a Pelé em prédio em Samara. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)

Um dos principais pontos turísticos da cidade é um foguete de mais de 50 metros e 20 toneladas, exposto em frente ao Museu Cosmonáutico. Não é à toa. Samara é o núcleo da indústria aeroespacial da Rússia. Foi fundamental na corrida espacial travada na época da Guerra Fria. Aqui foi produzido o foguete Vostok que levou o primeiro ser humano, Yuri Gagarin, ao espaço. Empresas do setor estão instaladas na região até hoje.

Foguete modelo Soyuz exposto em Samara. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)

O estádio inaugurado nesse ano para o Mundial tem tudo a ver com isso. A começar pelo nome: Arena Cosmos. A praça esportiva para 45 mil pessoas ganhou um formato que lembra uma estrela (ou um sol para alguns). Tudo para valorizar a “tradição espacial” da cidade. A sede é uma das mais valorizadas da Copa. Já recebeu quatro jogos do torneio e ainda terá mais dois (Brasil x México e outro duelo de quartas de final).

Quem mandará jogos na arena é o Krylya Sovetov (Asas dos Soviéticos na tradução), equipe que acaba de subir para a elite do futebol russo. O clube foi fundado em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial. Por causa do conflito, fábricas de aviões foram transferidas para Samara e os trabalhadores fundaram a equipe.

Arena Cosmos, em Samara, foi inaugurada em abril. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)

Na época da guerra, aliás, Samara tornou-se uma segunda capital da União Soviética. Diante dos avanços dos alemães e do risco da tomada de Moscou, não só fábricas, mas vários setores do governo foram transferidos para a cidade. Isso motivou também a construção de um bunker para o líder soviético Josef Stalin. Seria um refúgio no caso da invasão dos nazistas na capital. O local, com incríveis 37 metros de profundidade, foi considerado a fortificação mais sólida da época da guerra. Hoje é aberto ao público para visitação.

Porta de entrada do bunker construído para proteger Stalin em Samara. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)

Samara se desenvolveu às margens do Rio Volga, o mais longo da Europa. Na cidade também está a Praça Kuybyshev, a maior praça urbana de todo o continente (a quinta maior do mundo), com 150 mil metros quadrados. Durante a Copa, a Fan Fest funciona no local. Foi lá que muitos torcedores brasileiros que vieram para o jogo da seleção acompanharam a eliminação da Argentina diante da França, neste sábado. Foi um bom ensaio de comemoração. A expectativa agora é de festa completa na segunda-feira com a vaga nas quartas de final garantida.

Praça Kuybychev, a maior praça urbana de toda a Europa. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)

Veja abaixo mais fotos de Samara, palco de Brasil x México na próxima segunda-feira.

 

(Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)

(Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)

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Garrincha também foi homenageado em Samara. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)

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