Os três senadores da bancada do Paraná, Alvaro Dias (PV), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), votaram contra a Medida Provisória 752/2016, que permite ao governo federal fazer a prorrogação ou a “relicitação” de contratos nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário. No placar final, contudo, a MP acabou sendo endossada pela maioria dos senadores que estavam no plenário no início da noite de hoje (3).
No total, foram 48 votos a favor da MP e 19 contra. Com o aval do Senado, o texto segue para sanção do presidente Temer. Relatada pelo deputado federal do Paraná Sérgio Souza (PMDB), a MP foi aprovada na noite de ontem (2) pelo plenário da Câmara dos Deputados após um embate quente. Entre os senadores, pontos do texto também foram destacados pela oposição.
Líder da bancada do PT na Casa, Gleisi reclamou do prazo curto para análise da MP e de “falta de clareza” no texto. “Nós não temos condições de votar, com esses vícios que a MP tem. Há coisas aqui que concordamos, mas, da forma como está aqui colocada, não dá garantia ao Estado, ao interesse público, que tenha o investimento. Ele [Governo Temer] está entregando muitas coisas ao interesse da iniciativa privada e sabe-se lá a que outros interesses”, criticou ela.
O senador Alvaro Dias também registrou voto contrário à MP, mas ponderou que “o debate não é novo e se afigura como interminável”. Aproveitou para pedir a votação de um requerimento destinado ao Tribunal de Contas da União. Ao órgão, ele pede a realização de auditoria nos contratos de concessões ferroviárias, “com o objetivo de verificar a compatibilidade do que é estabelecido nos contratos com relação à preservação do patrimônio público, bem como a qualidade do serviço público prestado à população”. O requerimento foi aprovado no plenário.
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