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Um “piá” chamado Antonio…(XXXII)
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“Você pode dizer a uma criança o quanto a ama, mas é a maneira pela qual convive com ela, dia após dia, que prova esse amor.”
(Dorothy Corkille Briggs)

Querida leitora, querido leitor, até agora você acompanhou-me durante minha gestação.

Antonio nasceu com 3kg e 570g, medindo 47 cm às 11h24min do dia 7 de janeiro de 2002.
Um garotão, ou um lindo “piá”, já que nasceu curitibano.

Daqui em diante, teremos algum tempo acompanhando seu desenvolvimento e ficarei muito feliz com vocês ao nosso lado.

Desde as primeiras mamadas, aos primeiros balbucios.
As caretinhas que fazia, os risos, escreverei sobre a importância do leite materno e como foi que aprendi a “ordenhar”.

Contarei a minha emoção quando engatinhou, quando deu seus primeiros passos, quando aprendeu a falar e quando apareceu seu primeiro dentinho.

Tenho guardado um pequeno “dicionário” de como Antonio pronunciava suas primeiras palavras e que até hoje ele me pede para ler para lembrá-lo como era.

Enfim, uma nova história começa e nela tanto eu quanto Alexandre passamos a ser coadjuvantes, porque, a partir de agora o papel do ator principal caberá ao Antonio.

Então, mais uma vez sejam bem-vindos!
Como eu disse lá no início…Este Diário parece não ter fim…

Conversando com meu filho…

“Oi Filho, hoje é dia 08 de janeiro e você está ao meu lado, deitadinho e dormindo feito um anjo.
Você chegou parecendo um pequeno embrulho, todo enrolado nas flanelas que as enfermeiras prepararam cuidadosamente.

Ontem elas trouxeram você às 15h30 para que começasse a sugar o leite no meu peito e penso que não teremos problemas com isto.

Ainda ontem à noite recebemos a visita da Vilma e da Marlene.
Elas trabalham comigo e nos trouxeram um lindo ramalhete de rosas.
Depois recebemos flores de outro casal de amigos, mais rosas…
O quarto estava todo florido pela sua chegada.

Como estamos na enfermaria, as visitas aqui são permitidas na parte da tarde e à noite, mas por um determinado período apenas.
Lembra do Igor que eu havia te falado? Então, a mãe e ele receberam alta e eu estou sozinha, quieta, olhando para você.

Acabei de tomar outro remédio para dores e daqui a pouco seu pai, sua avó e sua tia chegarão para nos ver.
Seu pai está todo abobado, nem sabe direito o que fala ou faz.
Hoje de manhã recebemos a visita da Eliane, nossa vizinha e… Também trouxe mais flores para nós!

A Dra. Marina passou por aqui para fazer sua visita de rotina e para saber se estávamos bem e está tudo “dentro dos conformes”.

Amanhã receberemos alta e eu não vejo a hora de estar em casa com você.

Você se lembra quantas vezes nós “conversamos” sobre família, respeito, carinho e amor?
Pois então, meu querido, tudo acontece conosco neste momento em que sua vida começa aqui do lado de fora.
É a representação viva de todos estes sentimentos.

Quando ficamos só nós dois, eu não me canso de te observar.
Ver suas caras e bocas, espremendo-se todo dentro deste embrulho de fraldas, tentando espreguiçar-se, dando seus gemidinhos, fazendo caretas e resmungando…Sabe-se lá Deus o quê.
E tudo o que penso é que ainda terei muito o que aprender.

Mas hoje, no final do dia, com a ajuda da enfermeira, consegui fazer que mamasse por quase 10 minutos em cada peito!
Para mim foi bastante, mas tenho a impressão de que ainda sente fome…Deve ser assim mesmo no começo, não é?…

Filho, daqui a pouco a enfermeira levará você de volta ao berçário…
Só nos veremos amanhã, bem cedinho.
Durma bem, Deus te abençoe.”

Lições que aprendi…

Sentia-me feliz, era inegável.
Ser mãe para mim foi algo que desejei e esperei com muita fé e de coração aberto.
Até ali, pensava na minha trajetória toda e fazia planos para o futuro com minha família.

Pedia a Deus para que eu pudesse cumprir minha tarefa como mãe da melhor maneira possível.
Tinha muitos medos, preocupações e a maior delas era se eu daria conta da enorme responsabilidade que acabava de chegar às minhas mãos.

Enquanto estive grávida, sentia-me dona e senhora da situação, mas ali, naquele momento meus pensamentos iam e vinham a respeito da maternidade que estava abraçando com o Antonio.
Em como conciliá-la com meu marido, em como não misturar as estações e “esquecer” de ser esposa… E que mais adiante, com certeza eu escreveria um outro capítulo para contar sobre isto.

Sabia que minha mãe estaria comigo por pouco tempo, uma semana apenas, depois seríamos nós três: Alexandre, Antonio e eu.

Deixei estas preocupações para mais tarde, tudo viria a seu tempo e hora, de que me adiantava antecipar qualquer coisa que fosse?

Sentia que tudo mudaria dali para frente.
Foi quando deixei de ser a filha do Seu Gena e da D. Ana.
Deixei de ser filha para ser mãe.
Mãe do Antonio…
No fundo queria apenas um momento para sonhar.
Fechei os olhos e acalmei meu coração.

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Fique com Deus, daqui a pouco voltaremos.

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