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O futuro é digital e compartilhado
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Pense em grandes invenções tecnológicas da humanidade. Desde os primeiros computadores até os smartphones mais atuais. Além de serem itens indispensáveis, todos eles surgiram do trabalho de um time e não apenas de uma pessoa. São vários profissionais que somam o conhecimento de mundo deles com as habilidades técnicas e desenvolvem produtos que hoje facilitam nosso cotidiano em várias esferas. Se as grandes empresas de tecnologia atendem a tanta gente é porque há o envolvimento de um grupo de pessoas que chega a uma invenção de ponta. Estimular o trabalho conjunto é o caminho para formar grandes empreendedores digitais.

Quando reunimos diversos talentos, aliamos não apenas bons profissionais, mas experiências de vida diferentes que levam a ideias aprimoradas. Lapidar essa relação entre tecnologia e coletividade impacta na importância e na funcionalidade de produtos que hoje estão no mercado. É o conjunto de ideias e habilidades diferentes que resulta nos mais eficazes protótipos. O papel da escola e da academia é despertar o coletivo como fator de decisão para que novos projetos ganhem vida e consistência. Isto é, quando um grupo de alunos ou especialistas desenvolve um protótipo, soma-se a técnica com o poder de percepção da realidade do mundo. Essa integração não deve nunca ficar de fora do conceito dos projetos.

Não faltam exemplos de como essa prática pode ser incentivada. Ganham cada vez mais notoriedade os FabLabs (em inglês, Fabrication Laboratory). Eles são laboratórios de fabricação digital que oferecem a estudantes, profissionais e empresas equipamentos, ferramentas e expertise para transformar ideias em realidade. O foco é na resolução de problemas, no desenvolvimento de pensamento crítico, criatividade e inovação. Espalhados por diversos países, eles são 1.164 no mundo. No Brasil, segundo dados do site fablabs.io, existem 40 FabLabs com foco nas demandas regionais. O laboratório instalado na unidade Sesi/Senai da CIC é o único em atividade no Paraná.

Na mesma linha de atividades, estão os Espaços Makers. Com uma proposta mais acadêmica, esses locais aprimoram o estudo de diversas disciplinas, como a robótica. Podem ser equipados com mesas da Olimpíadas Brasileira de Robótica e da First Lego League (competição mundial de robótica da Lego) e lousas touch, mas também podem ser montados com sucata e material reciclável ou reaproveitável. Todo o equipamento é disponibilizado com o intuito de despertar nos estudantes de 14 a 18 anos o gosto por atividades tecnológicas que possibilitem colocar a “mão na massa”.

Todas essas novidades acessíveis a profissionais e estudantes têm em comum o coletivo. Esses espaços facilitam a execução dos projetos e incentivam o trabalho em equipe. É dentro dessa realidade que produtos inovadores têm surgido. Dessa forma, é mais fácil moldar a tecnologia a serviço da comunidade em que ela está inserida, dialogando com o público que vai consumi-la. Mas tão importante quanto criar mecanismos de ponta para grandes empresas é saber que o que se põe no mercado irá ao encontro das necessidades de sujeitos reais, e para levantar essas necessidades, é preciso trabalhar em equipe e ouvir o outro, entre outras habilidades de relacionamento que o trabalho em equipe possibilita vivenciar. Ou seja, mais do que nunca, o criar é coletivo e compartilhado e os Fablabs e Espaços Makers possibilitam esse modelo de criação e inovação.

*Artigo escrito por Lilian Luitz, Pedagoga/Psicopedagoga/Especialista em Desenvolvimento pessoal e Familiar/Formação em Biologia Cultural/Especialista em Planejamento Estratégico. Gerente de Educação Básica e Continuada do SESI Paraná. O SESI colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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