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Publicidade de “Zombio 2”.
A cidade de Palmitos, em Santa Catarina, tem cerca de 16 mil habitantes. Na divisa com o Rio Grande do Sul, a região sobrevive da agropecuária. Para os fãs do submundo do horror, o município é famoso por ser cenário para as produções da Canibal Filmes, liderada por Petter Baiestorf.
A fama veio da participação em festivais de cinema e da comercialização de filmes pela internet. O sistema de circulação das obras da produtora é parecido com o de fanzines, antes concentrados na venda por correspondência e hoje divulgados pela internet.
O nicho de público de Baiestorf é bem específico: fãs de narrativas de exploração. Por isso, seus filmes têm muito gore, sexo e humor. Quanto mais transgressor para essa galera, melhor.
O diretor esteve na segunda noite do Fantaspoa para apresentar seu filme mais recente, Zombio 2 – Chimarrão Zombies. Filmado às pressas para o festival, a obra foi descrita pelo próprio cineasta como seu longa-metragem mais caro. A trama é apresentada como uma sequência de Zombio, lançado em VHS em 1998, um dos maiores “sucessos” da produtora.
A narrativa coloca um grupo de catarinas para enfrentar zumbis contaminados por uma erva mate radioativa (?!). O protagonista é um investigador chamado Chibamar Bronx, personagem recorrente em outros filmes da produtora, que descobre um elo entre o adubo e lixo tóxico das Empresas Cronenberg. Sem se levar a sério, o longa-metragem aposta nos efeitos visuais e no excesso de sangue, que jorra a cada mordida dos mortos-vivos.
Parte da graça de Zombio 2 está na criatividade de Baiestorf para contornar a falta de recursos, que inclui escancarar isso como piada. Embora seja divertido se visto com a expectativa certa, o filme tem vários elementos que o tornam inviável para um público mais amplo. O que é bastante óbvio para um exploitation.
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