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Contribuição das organizações para os ODS
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Em setembro de 2000, pensando em um futuro mais justo para a humanidade, lideranças mundiais se reuniram em Nova York na sede das Nações Unidas – ONU, para elaborar e adotar o documento que ficou conhecido como a Declaração do Milênio. Com esta Declaração, as nações se comprometeram a uma parceria global para reduzir a pobreza extrema a partir de oito objetivos, com prazo para o seu alcance em 2015. Estes ficaram conhecidos como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Em 2015, durante a Cúpula das Nações Unidas percebeu-se a importância de continuar com a  Agenda. Desta forma eles foram ampliados e desdobrados numa nova Agenda composta pelos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Estes são compostos por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidas até 2030. Compreendem cinco grandes áreas definidas por cinco “P’s” abrangendo cada um seus respectivos objetivos: Pessoas (1, 2, 3, 4, 5 e 10); Planeta (6, 7, 12, 13, 14, 15); Prosperidade (8, 9, 11,); Paz (16) e Parceria (17).

Desde 2000, alguns avanços foram realizados na área das Pessoas, mas muitas metas da área do Planeta, Prosperidade e Paz ainda não saíram do papel para serem efetivamente implementadas. Governos, Empresas e as Organizações da Sociedade Civil – OSC  buscam mecanismos para poderem ser eficientes e proativos visando superar os desafios globais dentro dos próximos 12 anos.

Ainda existem obstáculos internos das OSCs  que necessitam ser superados, e podemos apontar algumas das principais dificuldades presentes em muitas organizações: desconhecimento dos ODS, descrença em plataformas globais,  uma ação  assistencialista, cultura de dependência dos governos, pouca articulação com os demais atores sociais (governo e empresas), falta de recursos, falta de planejamento de longo prazo e lacunas na elaboração de projetos, as organizações são muito imediatista, falta da utilização dos indicadores já existentes para os ODS, a presunção de que certas metas são utópicas, concentração das OSC em alguns ODS. Também sabemos que existem carência de organizações tratando de alguns objetivos como saúde, gênero, água, moradia, consumo consciente, cidades, mares, inovação e segurança cidadã assim por diante.

 

 O que pode ser feito?

Entendendo que muitas organizações da sociedade civil ainda precisam alinhar suas ações com os ODS, algumas instituições têm buscado promover encontros, seminários, diálogos, advocacy, painéis, dentre várias outras estratégias, para motivar e criar sinergia onde o Governo, as empresas e as OSC possam cada vez mais cooperar. O objetivo é fomentar cada vez mais ações articuladas para que as metas dos ODS possam fazer parte do dia a dia de todas as organizações. Afinal, o grande desafio do Terceiro Setor é contribuir de forma protagonista para a superação dos desafios sociais globais a partir de cada realidade local.

A escala e a ambição da Agenda 2030 exige uma parceria e compreendemos que o sucesso desta parceria está no fortalecimento de cada ator e, em especial, dos atores locais do terceiro Setor. Mais do que ninguém eles conhecem a realidade a partir de projetos de alcance capilar na comunidade.  Acreditamos que as OSC são legitimas para trabalhar com os ODS. A transformação social faz parte do coração de muitas organizações e as OSC, ao trabalharem com os ODS, agregam valor ao seu negócio. Além disso, os Objetivos de Sustentabilidade trazem metas e indicadores importantes para as organizações permitindo a possibilidade de aumentar as parcerias tanto no nível nacional como internacional, pois os ODS são uma agenda global. A contribuição brasileira do Terceiro Setor se torna cada vez mais estratégica para o nosso desenvolvimento sustentável  e precisa ser assumida com maturidade.

A transformação social passa pelo conhecimento. Leia, divulgue, aplique os ODS:  https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/

Façamos nossa parte, com boas parcerias!

 

*Artigo escrito por Gustavo Brandão  da Mentoris e Rosane Fontoura (Coordenação do CPCE). A Mentoris  é membro do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), e colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

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