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Rafael Greca e primeira-dama Margarita Sansone inauguram o Ligeirão Santa Cândida/ Praça do Japão.  (Foto: Pedro Ribas/SMCS)
Rafael Greca e primeira-dama Margarita Sansone inauguram o Ligeirão Santa Cândida/ Praça do Japão. (Foto: Pedro Ribas/SMCS)| Foto:

Os vereadores da bancada de oposição da Câmara de Curitiba não estão satisfeitos com as respostas que têm recebido da prefeitura de Curitiba a respeito da compra de novos ônibus para o transporte coletivo da capital. Segundo eles, não está claro se o dinheiro para a compra está saindo das empresas concessionárias ou do Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC) – que é um fundo público vinculado a Urbs e alimentado com a receita gerada com a venda de passagens de ônibus.

Pelo contrato de concessão, os ônibus devem ser comprados pelas empresas e, posteriormente, a Urbs, com recursos do FUC, remunera esses investimentos no prazo de dez a doze anos. Ou seja, repassa aos empresários nesse prazo o valor equivalente ao que foi gasto na compra do novo veículo.

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A suspeita dos parlamentares é que a ordem desses pagamentos tenha sido invertida: em vez de remunerar a compra após ela ter sido feita, a Urbs teria adiantado repasses para as empresas. Por isso eles vão encaminhar ao Ministério Público, nesta quarta-feira (11), um documento relatando as inconsistências que eles encontraram em respostas da prefeitura encaminhadas à Câmara Municipal.

O sindicato que representa as empresas de transporte e a Urbs rechaçam a suspeita. Segundo o Setransp, nenhum aporte extraordinário foi feito para viabilizar a compra dos veículos.

O presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, também garante que o dinheiro não saiu do Fundo de Urbanização de Curitiba.

“As empresas fizeram as aquisições. O Banco Volvo financiou todos esses biarticulados para as empresas – tanto os chassis, que são da Volvo, como as carrocerias, da Marcopolo. A Urbs não é nem fiadora do contrato, nós só verificamos se tudo está de acordo com o projeto e as especificações exigidas”, afirmou.

Além da renovação da frota, os parlamentares questionam um repasse extraordinário de R$ 22 milhões para que as empresas pagassem o 13º dos funcionários e também apontam o aumento de tarifa decorrente de pontos do acordo entre a Urbs e o Setransp, sindicato que representa as empresas concessionárias. Como o blog já mostrou, esse aumento praticamente igualou o preço pago pelos passageiros ao que é repassado às empresas. Entenda porque isso dificulta a promessa do prefeito Rafael Greca (PMN) de congelar a tarifa em 2018.

Por enquanto, assinam o documento os vereadores da bancada de oposição: Goura (PDT), Profesor Silberto (PMDB), Professora Josete (PT), Marcos Vieira (PDT) e Noemia Rocha (PMDB). A oposição ainda tenta angariar o apoio dos vereadores Felipe Braga Côrtes (PSD), Professor Euler (PSD) e Cacá Pereira (PSDC), da bancada independente.

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