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Osmar Dias (PDT) (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)
Osmar Dias (PDT) (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)| Foto:

Há dois fatores sendo sopesados nas cabeças pedetistas antes que seja anunciada a esperada resposta sobre uma aliança com o MDB do Paraná nas eleições de 2018. O primeiro deles é um certo temor que os pedetistas têm de que a rejeição ao nome de Roberto Requião (PMDB) seja transferida para a candidatura de Osmar Dias (PDT). Ainda que abertamente não se fale sobre o tema, essa preocupação existe.

Outro ponto a ser definido é um assunto que estava nas rodas emedebistas durante a convenção do partido no sábado (21). Para coligar com Osmar, o grupo de Requião quer uma aliança também na chapa de deputados, algo que os pedetistas não têm interesse.

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Lembremos que no sistema proporcional – que é o que rege as eleições de deputados – o desempenho da chapa como um todo é fundamental para a eleição de deputados. Nas eleições de 2014, por exemplo, para que cada chapa conseguisse abrir uma nova vaga na Assembleia Legislativa, eram necessários 107 mil votos. Apenas dois deputados eleitos conseguiram superar essa quantidade de votos: Ratinho Junior (PSD) e Alexandre Khury (PSB). Ou seja, os candidatos sabem que para serem eleitos precisam contar com o bom desempenho de correligionários.

Para explicar o imbróglio entre os pré-candidatos do PDT e do MDB, usemos uma imagem comum no meio político e pensemos na chapa de deputados como um ser composto de cabeça, corpo e rabo. Na “cabeça” da lista estão os candidatos bons de voto, que dificilmente não serão eleitos. No corpo, aqueles de desempenho médio, que a depender da performance da chapa podem conseguir uma cadeira no parlamento e, no rabo, aquele grande número de candidatos com poucos votos.

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O MDB quer uma chapa única com o PDT porque o partido tem muita “cabeça” e pouco “corpo”. Ou seja, tem candidatos com muitos votos, mas não têm aqueles intermediários suficientes para garantir a entrada dos principais nomes.

Já o PDT, por outro lado, teria uma chapa com muito “corpo”, mas sem cabeça. Nessas condições é grande a possibilidade de o partido eleger deputados e a definição dos eleitos é fruto de uma disputa mais aberta, que acaba motivando os candidatos em campanha. Caso o MDB traga seus nomes para essa chapa, pode desanimar esses candidatos que no fim das contas trabalhariam para garantir a eleição dos emedebistas mais fortes.

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