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Cida Borghetti (PP) (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)
Cida Borghetti (PP) (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)| Foto:

Desde que assumiu o governo do Paraná, no dia 6 de abril deste ano, a governadora Cida Borghetti (PP) age, no comando do estado, com o claro objetivo de viabilizar sua reeleição ao cargo. Por isso, é muito provável que um eventual governo Cida a partir de janeiro de 2019 não tenha as mesmas características desse mandato tampão. Pelos discursos e sabatinas e pela ação política da governadora, é possível conjecturar três características importantes de um eventual novo governo.

Ricardo Barros

O Paraná já teve primeiras damas muito influentes. A própria Fernanda Richa – esposa do ex-governador Beto Richa (PSDB) sempre teve ascendência sobre a carreira política do marido. Entretanto, em um eventual governo de Cida Borghetti, a presença de seu marido, o deputado Ricardo Barros, tem preponderância sem par no estado. A carreira política de Cida é fruto das articulações de Barros. A construção da aliança que sustenta a candidatura do PP foi toda concebida e feita por Ricardo Barros, que no Palácio Iguaçu, apesar de não ter tinta na caneta, dá ordens incontestes.

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Continuidade do grupo tucano

Apesar de Cida ter se distanciado de Richa ao longo da campanha – especialmente após a prisão do ex-governador – há no atual governo uma boa quantidade de remanescentes da gestão tucana. Se nos cargos estratégicos ela promoveu muitas mudanças, no exército de cargos comissionados que compõem a administração estadual, há muita gente que sobreviveu à troca de governo porque há muitas intersecções entre os grupos do PSDB e PP, que foram aliados nas últimas eleições estaduais. Em um novo mandato de Cida, portanto, boa parte do governo continuaria a mesma que está no Centro Cívico há cerca de oito anos.

Maringá

Na cerimônia de posse realizada na Assembleia Legislativa, Cida Borghetti assumiu o governo ao som da canção Maringá, de Joubert de Carvalho. A escolha deu o tom de um novo momento no governo, com alguns dos principais cargos da gestão sendo ocupados por maringaenses. Na Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Cida colocou Silvio Barros, irmão de Ricardo Barros e prefeito de Maringá entre 2005 e 2012.

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Na secretaria de Saúde, quem assumiu foi Antônio Nardi. Ele era secretário-executivo do Ministério da Saúde na de Ricardo Barros, marido da governadora. Antes disso, porém, entre 2006 e 2015 ele comandou a Secretaria de Saúde de Maringá.

Quem assumiu o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) é Paulino Mexia, que já ocupou o cargo de chefe regional do IAP em Maringá. Mexia é servidor de carreira da instituição e, em 2016, já assumiu interinamente a Secretaria de Meio Ambiente do Paraná.

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Outra influência que Maringá terá no governo é no modo de planejar a gestão. Cida já propôs a elaboração do Masterplan Paraná 2053. Em Maringá esse tipo de planejamento a longo prazo já foi implementado e é apontado por alguns gestores e entidades da sociedade civil como um dos pontos que fez a cidade dar um salto de qualidade nos indicadores fiscais, econômicos e de qualidade de vida.

Esta publicação faz parte de uma série de quatro textos que serão publicados no blog apontando quais devem ser as características de um eventual governo dos quatro principais candidatos ao governo do Paraná.

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