Desde quando articulava a composição de sua aliança para disputar a presidência, Alvaro Dias (Podemos) acreditava que seu bom desempenho no Paraná era um valioso ativo político que poderia até se estender para os outros estados da Região Sul, permeáveis ao discurso antipetista. Até os adversários achavam que Alvaro poderia ser uma ameaça. Geraldo Alckimn (PSDB), por exemplo, foi insistente nas propostas para que o senador fosse candidato a vice em sua chapa.
A expectativa estava amparada no desempenho que Alvaro teve em 2014. Foram mais de 4 milhões de votos que o reconduziram ao mandato no Senado Federal. A votação equivaleu a impressionastes 77% dos votos válidos.
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Entretanto, as perspectivas da criação de uma onda de espírito paranista foram frustradas, e o candidato que esperava partir de cerca de 25% dos votos no estado terminou com 5%, engolido pelo desempenho de Jair Bolsonaro, que terminou o primeiro turno com 57% dos votos válidos do estado. Se dependesse dos paranaenses, Bolsonaro estaria eleito no primeiro turno.
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No estado, atrás de Bolsonaro ficou o candidato Fernando Haddad (PT), com 20% dos votos. Ciro Gomes (PDT) terminou em terceiro lugar, com 8%; Alvaro ficou em quarto, na frente de Geraldo Alckmin (PSDB), com 4%.
Ao longo do período de campanha, Alvaro até chegou a demonstrar alguma musculatura no estado. Em uma pesquisa Ibope divulgada no dia 4 de setembro, ele aparecia empatado com Bolsonaro; ambos com 23% das intenções de voto. Este cenário, entretanto, mudou. Na pesquisa Ibope divulgada no dia 6 de outubro, ele já aparecia 32 pontos atrás de Bolsonaro. Enquanto o candidato do PSL tinha 42% das intenções de voto, o senador paranaense aparecia com 10%, já atrás de Fernando Haddad.
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