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Um odiador de RBD no show de Maite em Curitiba
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Nunca fui fã do RBD. Sempre tive muitos amigos que foram fãs doidos do grupo mexicano, que faziam coreografia e toda a produção de roupas em festas de aniversário. Na minha adolescência, até fui meio anti-RBD – tinha raiva só de ouvir os refrões “Y soy rebelde”. Na noite desta quinta (21), fiquei impressionado: mesmo conhecendo poucas músicas, tendo um ódio extremo das canções em espanhol gritadas (isso na minha opinião de adolescente birrento, de 10 anos atrás), tenho que assumir que Maite Perroni fez um show impecável na capital paranaense.

Maite Perroni

Maite trouxe faixas de seus dois discos a Curitiba (Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo)

 

A ex-integrante da banda adolescente cresceu – hoje está com 33 anos – e, talvez por isso, tenha adquirido uma postura mais imponente. Mesmo com uma plateia de cerca de 500 pessoas, Maite não se incomodou. E fez mais: dançou, correu pelo palco, mandou saudações para o público, cantou olhando para uma fã que assistia a apresentação em cadeira de rodas. É disso que estou falando: a fama não subiu a cabeça da artista, que é considerada um dos maiores nomes da telenovela mexicana.

Tendo isso posto, vamos aos fatos. Com apenas dez minutos de atraso, a mexicana entrou na Ópera com “Ojos Divinos”, toda coreografada com seis bailarinos ao lado. Isso foi o suficiente para a plateia – toda formada por adolescentes apaixonados pelo RBD – ir à loucura. E assim foi durante a uma hora e vinte minutos de performance.

Além de apresentar hits de seu novo disco, que deve ser lançado no segundo semestre, Maite relembrou faixas do álbum “Eclipse de Luna” e garantiu uma magia a mais com um convidado especial: Tiago Iorc.

Maite Perroni

Parceria a caminho?

Assim como a bela parceria com Wanessa em São Paulo cantando “Amor Amor” (sou fã da Wanessa SIM, e já estou sonhando com uma versão estúdio deste feat SIM!), Maite recebeu Iorc para duas músicas. A primeira delas, “Todo lo que soy”, ornou muito bem com o músico de hits como “My Girl” e “Me Espera”.

A seguir, veio um dos momentos mais bonitos de toda a apresentação: a dupla cantou a faixa “Amei te Ver”, com trechos em espanhol e português. Foi possível ver os fãs de RBD (sim!) e até outro público – aqueles que pareciam ter vindo por causa de Tiago – cantando em coro. Até este que vos escreve soltou a voz, como se fosse o fim dos tempos. Foi lindo.

Nas redes sociais do jornal, o trecho foi retuitado por centenas de pessoas. A química funcionou no palco e para qualquer um que esteve lá.

 

Produção e RBD medley Além da cantoria muito bem afinada, Maite ganha pontos pela produção. Em 2010, quando se apresentou no Teatro Positivo, em Curitiba, usava um vestido preto básico e não conseguia parecer dominar o público com tanta timidez, além de um cenário vazio. Ontem foi diferente: ela trocou de roupa 3 vezes, um telão de LED trazia bastidores da tour e de clipes da cantora e durante as faixas, dançava muito com os seus bailarinos, que faziam a coreografia com diversos adereços – desde castanholas a guarda-chuvas. O setlist, que contou com faixas do RBD, atingiu seu ápice com a performance do medley que ressuscitava canções da banda mexicana. Se existia algum fã vivo ainda com tanta empolgação, ali eles ~surtaram~ de vez.  

Para fechar, o single “Adicta” e “Tu y yo” dançada em casal, além de carregar a bandeira do Brasil. Precisa de mais?

Como disse, nunca fui fã do RBD. Mas é preciso reconhecer que uma atriz que cresceu com um rótulo de uma novela adolescente não é mais a mesma: ela cresceu, mandou bem em palco e deve incomodar muitos cantores pop em breve. Talento, que é o que mais falta nos estúdios musicais por aí, é o que ela mais tem. Só lhe falta uma chance de entrar nas paradas norte-americanas – o que não deve demorar para acontecer.

Até a próxima, Maite.

 

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