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Aerostress
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Essa semana, na volta de uma viagem a trabalho, esperei por quase 4 horas meu vôo atrasado, em Congonhas.

Fiquei observando os diferentes tipos de experiências que temos quando estamos viajando a trabalho, e o quanto elas podem aumentar nosso nível de stress.

Eis uma lista sucinta do que todos enfrentamos:
– chegar no horário para o check-in
– rezar para que o trânsito a caminho do aeroporto não esteja tão ruim
– enfrentar uma fila básica para pegar o cartão de embarque ou despachar as malas
– ver se temos tempo para comprar um pão de queijo ou qualquer outra coisa engordativa antes do embarque
– ficar na fila do raio X
– achar o portão
– tentar achar lugar para sentar
– prestar atenção na mensagem de “reposicionamento de aeronave”
– correr para o novo portão para embarcar
– ficar espremido no ônibus que leva ao avião, pois via de regra o embarque é remoto
– procurar espaço nos tais compartimentos de bagagem acima dos assentos para acomodar a mala que resolvemos não despachar no check-in
– ouvir todos os tipos de conversas dos outros, falando no celular ao mesmo tempo (e às vezes em volume nada aceitável)
– rezar para que a decolagem saia de acordo
– rezar para que a turbulência não suspenda o serviço de bordo bem na hora em que estamos para receber o nosso malfadado sanduíche
– cuidar para que o passageiro da nossa frente, ao reclinar seu banco, não estoure a tela do nosso notebook
– rezar para que a turbulência seja passageira
– rezar para que o pouso tenha sucesso
– respirar fundo na espera interminável da tal fila que se forma depois do pouso, quando todo mundo fica preso dentro do avião, esperando os passageiros das filas da frente conseguirem terminar de coletar suas coisas
– prestar atenção para ver se não esquecemos de nada dentro do avião
– enfrentar uma fila enorme para pegar um táxi no aeroporto.

E, como se não bastasse, fazemos isso tudo ao mesmo tempo em que checamos nossos blackberries e smartphones, fazemos reuniões à bordo ou tentamos ler documentos importantes separados como “leitura de bordo”.

A partir da chegada, ritmo intenso de reuniões, agendas apertadas, negócios a serem feitos. À noite, num hotel qualquer, a tentativa de colocar o trabalho em dia, bem como a caixa de e-mails.

Lógico que alguns de nós se deixam afetar mais do que outros, mas é muito importante prestar atenção, de forma consciente ao que tudo isso causa em nosso corpo, em nossa cabeça. O exercício é válido tanto pelo auto-conhecimento e análise do que estamos causando em nós mesmos, como pela constatação do que realmente é importante, do que efetivamente não podemos deixar para depois.

Isso pode ser muito útil ao voltar para casa, tanto para criar uma rotina de trabalho diferente, como para planejar uma nova viagem de trabalho, ou para enfrentar uma nova sessão de aerostress…

Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
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