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O desconhecido me surpreendeu
| Foto:

 

*Créditos da foto: Andrei Chiminazzo

 

Fui convidada a participar de uma nova modalidade de corrida que eu não conhecia. Tive que correr e ainda por cima fiz o cinegrafista e também atleta Andrei Chiminazzo ter que correr atrás de mim para fazer o vídeo. Assista!

Uma das teorias sobre o surgimento das corridas de montanha é que quando no Século XI o Rei Malcolm Cannmore realizou uma corrida nas colinas da Escócia para escolher os mensageiros do reino.

Atualmente ninguém precisa correr pelas montanhas para entregar cartas mas parece que as montanhas estão “entregando” algo muito precioso ás pessoas. Mas o que seria?

Eu encarei o medo e fui descobrir sobre esta nova paixão de tantos corredores, as corridas de montanhas caíram definitivamente na preferência dos apaixonados por aventuras, natureza e corridas no Brasil.

A proposta da etapa do Circuito Pro Adventure do Clube de Aventura no domingo passado possuía uma variedade de terrenos e obstáculos e nos fez ter uma mostra geral do que é uma Corrida Montanha.

A largada e chegada aconteceram pelos paralelepípedos e, durante todo o percurso os desafios foram os aclives e declives em estrada de chão, a plantação arada de milho, a trilha com um riacho, troncos, grama escorregadia e lama.

E era exatamente esta diversificação dos terrenos que me apavoravam. Era o medo de cair, e machucar, torcer um tornozelo ou mesmo lesionar alguma musculatura pouco acostumada com esta variação de movimentos.

Mas o que havia me chamado a atenção e me motivou a saber mais sobre as corridas de montanha foram alguns relatos sobre estes eventos, atípicos nas competições em geral.

Escutei uma história sobre uma competição de “trail running” em que havia uma bela disputa entre o primeiro e segundo lugar. De repente o competidor que ocupava a primeira colocação, torceu o tornozelo e caiu. O Segundo colocado além de parar para prestar socorro, depois de detectar pouca gravidade no acidente (por sorte era um fisioterapeuta) emprestou os bastões e ainda correu ao lado do companheiro por algum tempo para se assegurar que o adversário estava em boas condições para continuar a prova. Isso demostra bem o conceito do “fair play”, a disputa justa e honesta entre estes atletas.

Ouvi também histórias de atletas profissionais que pararam suas corridas para ajudar competidores que caíram e, que finalizaram a prova na frente daqueles que o ajudaram.

*Créditos da foto: Clube de Aventura CWB

 

E para que não surgissem mais duvidas a respeito da veracidade destas histórias, por sorte vivenciei uma pequena mostra deste companheirismo quando me perdi na saída da “inesquecível plantação arada de milho” e a competidora que estava atrás gritou e me avisou do erro no percurso. Voltei e continuamos a disputa agora dentro da trilha. Incrível!

O ambiente hostil da montanha e das matas fechadas, os riscos dos terrenos acidentados e difíceis de transpor, a possibilidade de ser mordido por uma aranha ou uma cobra venenosa, é o que certamente propicia este sentimento de solidariedade e cumplicidade entre estes corredores.

O Palpite de hoje então vai para os montanhistas que gostam de caminhar rápido e para os que gostam daquela corridinha de rua descompromissada para manter o condicionamento físico. Experimente esta modalidade de corrida!

Eu gostei, superei o medo de cair e me machucar e aguardo com ansiedade a próxima aventura. Vamos lá?

 

Por Cynthia Duarte

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