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O que perdemos com as tecnologias contemporâneas?
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Saudações!

Recentemente  vi uma charge onde o Superman segurava um celular na mão e mostrava-se saudoso dos tempos que entrava nas cabines telefônicas para se preparar para grandes atos heroicos…

Confesso que a imagem calou fundo no meu coração e fiquei refletindo sobre o quanto perdemos com as tecnologias contemporâneas.

As cartas foram as primeiras a praticamente desaparecerem. Quais de nossos filhos já tiveram a oportunidade de receber uma carta pelo correio, com aqueles selos coloridos e enfeitados? Aquela sensação de reconhecimento da grafia de um amigo distante ou um parente amado que, desenhada em palavras, nos traziam notícias de amor, saudade e muitas novidades?

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A alegria de receber um convite para uma festa? Aquele envelope nominal que portava sempre uma promessa de diversão e alegria.

Cartões de Natal então? Poucos jovens vivenciaram a delícia de saber-se lembrado e amado, por meios de votos gentis de boas festas.

E as perdas não se restringiram ao papel… Os votos de aniversário, antes vividos de coração a coração por meio de um abraço, passaram a ser transmitidos pelo telefone e hoje se resumem a um post no Facebook.

As reuniões de família antes tão barulhentas pela profusão de vozes que disputavam um espaço entre agradável e reconfortante conversa, hoje seguem carregando um silêncio dolorido, entrecortado por sibilos e luzes de celulares ultramodernos.

Acompanhamos o crescimento dos filhos dos nossos amigos por belas fotos nas redes sociais, mas não ouvimos suas primeiras tentativas de fala ou divino som de suas risadas angelicais e nem tampouco vemos seus primeiros passos cambaleantes.

Nas mesas de restaurantes, onde pais e filhos mantinham edificantes diálogos, trocas de experiências e muitas histórias compartilhadas pela fala e pelo olho no olho, foram substituídos pela mudez e pelo olhar vidrado nos tablets e “I-aparelhos” da vida.

Milhares de fotos de momentos ‘absurdamente’ bons são publicadas, refletindo uma ausência de alma de seus componentes. Mais importante do estar por inteiro nas festas, shows, parques, aulas é necessário mostrar ao mundo onde se está.

A profusão de “selfies” parece gritar o quanto nos sentimos sozinhos em meio a multidão.

A habilidade de administrar conflitos, brigar, saber ceder e pedir desculpas para “ficar de bem” foi substituída por uma ciranda de bloqueios e exclusões de perfis em aplicativos e aquele convite para um café da tarde hoje se transformou em um réles: “me add no face”.

O edificante hábito da leitura se resume a uma “zapeada” em sites da internet e as pesquisas se transformaram em cópias mal feitas onde se querer há o trabalho da transcrição.

Estes são apenas alguns exemplos… infelizmente a lista é bem maior que esta.

Não me julgue apocalíptica ou uma romântica saudosista! Apenas desejo ardentemente que este modesto artigo sirva como um alerta para que possamos reverter estes danos enquanto há tempo!

Depende de cada um de nós o resgate de hábitos tão valorosos que podem conviver pacifica e harmoniosamente com toda esta “modernidade”.

Beijos,

Dani

Por Danielle Lourenço

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