• Carregando...
Carlos Beal, diretor Comercial e de Marketing da Cia Beal de Alimentos, dona dos supermercados Festval. Foto: Allan Castanho
Carlos Beal, diretor Comercial e de Marketing da Cia Beal de Alimentos, dona dos supermercados Festval. Foto: Allan Castanho| Foto:

A rede de supermercados Festval/Beal encerrou o ano de 2018 com 16 lojas abertas no Paraná e crescimento de 10,3% na comparação com 2017. Só em 2018 foram quatro unidades inauguradas em Curitiba, além de investimentos na revitalização de outras lojas para garantir atendimento diferenciado aos clientes. A marca se divide: são cinco lojas em Cascavel, 10 em Curitiba e uma em Pinhais, na Região Metropolitana da capital, além de um centro de distribuição na Cidade Industrial de Curitiba, e frota própria para distribuição dos produtos.

LEIA MAIS >> Cinco pequenas empresas do Paraná estão na lista das mais amadas do Love Mondays

Segundo Carlos Beal, diretor Comercial e de Marketing da Cia Beal de Alimentos, o início de 2019 trará mais novidades para os clientes da rede, que devem ser anunciadas em até 60 dias. Enquanto elas não são divulgadas, os resultados são comemorados, principalmente pela crença de que o país está entrando em uma nova perspectiva econômica. “Se nos próximos 10 anos os políticos tratarem o país e a máquina pública com respeito, teremos crescimento e excelentes resultados no Brasil”, afirma Beal, um dos cinco filhos de Severino e Lídia Beal, que em 1972 abriram uma pequena mercearia em Cascavel e deram início a Cia. Acompanhe a entrevista dele ao Paraná S/A:

A missão divulgada pelo Festval/ Beal é a de “encantar os clientes”. O que isso significa no varejo de alimentação?

Quer dizer que trabalhamos para atender o cliente como gostaríamos de ser atendidos. Trabalhamos com nossa equipe nessa linha. Também queremos que nossos colaboradores trabalhem felizes. Não exigimos, ao contratar, que a pessoa tenha experiência, mas que ela tenha vontade e dedicação.

Qual a estratégia da Cia para se diferenciar no mercado? Afinal, a concorrência é bastante acirrada neste mercado.

Nós acreditamos em lojas de vizinhança, em lojas menores. Lojas que estão perto da população. Isso permite que possamos exercitar o que sabemos fazer: nos relacionar com o cliente. Lojas pequenas nos dão essa oportunidade. Trazemos isso do negócio iniciado por meus pais. Nos motiva lembrar do armazém em que as pessoas eram conhecidas pelo nome e meus pais conheciam os hábitos dos clientes. Não queremos tratar nossos clientes como um CPF, mas como pessoas.

Além disso, nossas lojas são pensadas para estarem no caminho da casa do cliente, quando ele está retornando. Outra percepção que está em nossa estratégia é a de que as pessoas não fazem mais compra mensal, elas querem menos quantidade e mais qualidade. Então, oferecemos produtos de qualidade e frescos, trabalhamos com a saudabilidade.

A mudança de perfil do consumidor influenciou mudanças nas lojas?

Com a exigência do nosso público por menos quantidade e mais qualidade, procuramos trabalhar com fornecedores que ofereçam excelente qualidade, como nas frutas e verduras. Outra percepção de mudança de hábitos, principalmente com a nova geração de consumidores, é a exigência de inovação e da experiência no consumo. Assim, promovemos mudança em nossas novas lojas oferecendo, por exemplo, o espaço gourmet, em que o cliente pode consumir nossos produtos próprios no local. Uma produção cuidada por nutricionista que garante a segurança alimentar de tudo o que é servido.

2018 foi um ano de investimentos em novas lojas e readequação de outras. Tudo o que estava planejado foi realizado?

Abrimos quatro lojas. Havia espaços em Curitiba que esperavam ser ocupados, eram oportunidades. Assim foi com as lojas do São Lourenço e da Silva Jardim. Eram áreas consolidadas e que já tinham relacionamento com a comunidade. Percebemos a oportunidade e as transformamos em lojas Festval. Já as unidades de Pinhais e, principalmente, da Avenida das Torres foram desafios para nós. Nossa equipe gosta de desafios e assim estamos com lojas nesses dois pontos.

Quando você fala em desafio, o que isso quer dizer?

Por exemplo, a loja da Avenida das Torres era uma garagem, uma loja de carros. Foi preciso transformar uma garagem de carros em um supermercado. Um grande desafio. Mas nossa equipe aceitou e hoje estamos instalados ali, atendendo a população da região.

O que está programado para 2019?

Em até 60 dias deveremos anunciar novas lojas. Não posso adiantar ainda, mas logo faremos esse comunicado. Também daremos continuidade a adequação das lojas que ainda não passaram pela revitalização de identidade, como as unidades dos bairros Água Verde, Mercês e Barigui. Assim, finalizamos o ano com todas as lojas no novo padrão da marca Festval. As lojas de Cascavel também deverão passar por adequação de cultura, absorvendo a cultura do Festval. Além disso, teremos atenção especial ao treinamento de nossos colaboradores. Hoje são mais de 800 funcionários e precisamos que eles passem por qualificação constante para manter o atendimento que preconizamos ao nosso cliente.

As lojas do Beal são diferentes das Festval. Há projeto para a unificação?

A cultura é a mesma, de olhar o cliente e atendê-lo em suas necessidades, de forma próxima. Mas, temos no horizonte, e esse é um novo desafio, de nos próximos anos unificarmos a rede, a marca.

Qual a expectativa do Festval/Beal com o país e a economia?

A crise em nosso país não era econômica. Era política. Muitas pessoas viram dificuldades. Nós percebemos as oportunidades e investimos. Estamos confiantes, estamos vendo o planejamento do setor da construção civil e do próprio Governo Federal no investimento em obras. Um sinal de desenvolvimento. Se nos próximos 10 anos os políticos tratarem o país e a máquina pública com respeito, teremos crescimento e excelentes resultados no Brasil.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]