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Ela cantava em uma banda punk. Ele gostava de Milton Nascimento. Os dois se conheceram na faculdade de artes. Ele queria aprender a gritar. Ela se mandou para a França. Não, não é letra de música do Renato Russo, nem roteiro de peça romântica. É o começo da história de amizade e parcerias entre Ana Larousse e Léo Fressato, dupla da nova geração da música paranaense.

Os dois tiveram grande importância na explosão dA Banda Mais Bonita da Cidade, no ano passado. Fressato é o autor da música Oração, cujo vídeo estourou na internet e está com 9,5 milhões de visualizações no YouTube. Larousse é dona da casa onde este e outros vídeos da Banda Mais Bonita foram feitos, na cidade paranaense de Rio Negro.

Eles agora estão finalizando os registros fonográficos de seus respectivos primeiros trabalhos solos. Do primeiro encontro para cá, inverteram alguns papéis. Léo passou a gritar mais e seu canto ficou mais próximo de Cazuza do que de Milton. Ana passou a cantar mais “mi mi mi”, como ela mesma diz, ou seja, de maneira mais delicada.

Fazem o que se costuma enquadrar no amplo rótulo da Nova MPB – que abriga quase tudo que não seja rock ou erudito e se cante em português. São trabalhos separados, mas é claro que um mete a colher no que o outro faz, e os dois, além disso, são parceiros e assinam várias músicas juntos.

Os nomes dos respectivos álbuns ainda não estão totalmente definidos. O de Léo está mais adiantado, em processo de finalização, e sai ainda no primeiro semestre. O de Ana depende da agenda do produtor, o músico Rodrigo Lemos, que também participa da Lemoskine e da Banda Mais Bonita da Cidade. Mas, como ela mesmo diz, farão tudo no tempo certo, sem correria.

Fressato já tem perto de 100 músicas prontas e todas usam como tema o amor. “Não adianta ninguém insistir que eu não vou mudar de tema”, afirma. Ele também tem trabalhos em artes cênicas e é diretor formado. Como é compositor prolífico, já pensa na possibilidade de fazer uma espécie de “lado B” deste primeiro disco.

Ana é compositora mais comedida, estudou artes na França, também é escritora e prepara seu livro de estreia, provisoriamente chamado 12 Casas. Ela explica do que se trata:

“Junta vários contos, poemas, ensaios, textos em prosa poética que escrevi no periodo em que estive em Paris. Lá, morei em 12 casas diferentes e, para cada casa, tive um caderno no qual escrevia e desenhava. Os estilos/ temáticas/ conceitos mudam muito e variam conforme o lugar, o contexto emocional e o cotidiano”.

Apreciem abaixo videocasts que fiz com os dois e mais três músicas que eles gravaram especialmente para nós, no Estúdio Pinguim.

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