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Assim como na vida, a carreira profissional também passa por grandes ciclos. Mas, antes de falarmos da importância deles é necessário entender que os mesmos se assemelham a matemática, ou seja, tendem a exatidão, porém com variáveis. Todo ciclo tem um início, fase de aperfeiçoamento, ápice, saturação e a reinvenção.

Os ciclos profissionais são extremamente importantes para a carreira das pessoas e para as próprias empresas. Ao iniciar uma determinada atividade em uma organização, os profissionais que atuam na função correta possuem uma empolgação que impulsiona a empresa e faz muitas coisas acontecerem. No mundo corporativo isso se chama ‘novo gás’. Organizações precisam dar suporte para essas pessoas que estão em fase de aprendizado, tudo é uma ‘novidade’, então não cortar o embalo é importante, mas deixar correr solto pode fazer a pessoa se ‘esborrachar’ quando em excesso.

Após essa fase, o ciclo começa a madurar. O profissional junta o seu conhecimento e experiência ao conhecimento da cultura da empresa. Então inicia a desenvolver projetos e atividades mostrando resultados, vibrando com conquistas, trazendo novos pontos de vista para a organização. Trata-se de uma fase bastante produtiva e com resultados.

Despois desta vivência vem o período de plenitude. Quando conversamos com esses profissionais, eles demonstram domínio da profissão a qual escolheram, do trabalho que realizam na empresa e têm uma grande disposição de dividir tudo isso com outros profissionais que entram na companhia ou mesmo que estão chegando ao mercado. Essa pessoa exala satisfação naquilo que faz.

Como tudo na vida tem um começo meio e fim, os ciclos também se fecham. Após a plenitude, geralmente, vem uma fase de queda, pois os desafios não parecem mais ser tão atraentes e muitos profissionais são convidados a se reinventar, ou seja, fechar o ciclo. Alguns fazem isso dentro da própria empresa quando possível, outros o fazem dentro da própria profissão e têm aqueles que buscam uma outra forma de encarar a vida profissional até mesmo executando outras atividades não mais ligadas a formação mãe.

Veja, isso não é ruim. É uma mudança de fase. E quando a pessoa percebe que o ciclo está se encerrando ela já se prepara para deixar o barco e partir para um novo desafio e iniciar tudo novamente. Os principais sinais de que um ciclo está se fechando é principalmente quando você percebe que o próximo filme você já viu. Que o resultado a ser apresentado, embora ótimo, não lhe traz uma certa empolgação e que o que você fez lá atrás, embora mais simples ainda parece mais bacana. Então é hora de mudar e não há problema algum em mudar.

O problema se encontra quando as pessoas se veem ‘obrigadas’ a mudar de ciclo. Por uma demissão, por uma mudança repentina de local geográfico. Neste caso o profissional precisa praticar o desapego a aquilo que faz parte do dia a dia. Se não desapegar ele corre o risco de ficar preso em saudosismos profissionais gerando dificuldades em executar novas atividades. Neste caso a ajuda de um consultor de carreiras é de extrema importância.

Por último, sempre me perguntam: qual é o prazo de cada ciclo? Não existe tempo, o mesmo está dentro de cada profissional, mas é certo que ele vem. Tem gente, por exemplo, que possui o dom de manter-se por anos e mais anos na fase de plenitude, são os afortunados. Outros têm ciclos curtíssimos e um gás para mudar a cada momento (característica da nova geração que chega ao mercado). O fato é que os ciclos profissionais fazem parte de nossas vidas e são tão importantes quanto os ciclos os quais atravessamos em nossa vida pessoal. Vivê-los é viver a nossa vida em plenitude.

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