A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta (16) que começará a fazer uma “operação assistida” das operações da VoePass após a queda do voo que vitimou 62 pessoas na semana passada, no interior de São Paulo. O monitoramento da companhia foi acertado em uma reunião mais cedo entre representantes da agência e da companhia em Brasília, para “manter a prestação do serviço em condições adequadas”.
“No atual contexto pós acidente aéreo, e considerando aspectos de fatores humanos, a Agência entende ser importante a intensificação da vigilância continuada e do monitoramento do serviço prestado pela empresa, estabelecendo parâmetros para evitar anormalidades na operação”, disse a Anac em nota (veja na íntegra).
Embora afirme que o motivo da “operação assistida” seja por conta do acidente aéreo da semana passada, a Anac também está atenta a outras ocorrências envolvendo a VoePass. Na noite de quinta (15), um voo da companhia precisou fazer um pouso de emergência em Uberlândia (MG) após problemas técnicos, e funcionários e ex-funcionários têm denunciado à mídia sucessivas falhas em operações.
Ainda na nota em que anuncia a “operação assistida”, a Anac afirma que o gerenciamento da segurança na aviação civil é uma “atividade contínua”, realizada “de forma constante pelos órgãos que compõem o sistema de aviação brasileiro”.
“Por sua vez, os operadores aéreos, entre eles a Voepass, têm que enviar constantemente dados de desempenho de sua frota à Anac, o que inclui eventuais interrupções mecânicas, indisponibilidades de aeronave ou dificuldades em serviço”, pontuou. A reunião com a empresa foi realizada a portas fechadas e não houve pronunciamento depois.
A VoePass informou que “atua em um setor altamente regulado, com exigências rigorosas que garantem a segurança das operações das companhias aéreas”, e que “em hipótese nenhuma nossos aviões decolam sem estar em estrita conformidade com o que estipula a regulamentação”.
A queda do voo da VoePass, que vitimou 58 passageiros e quatro tripulantes, segue em investigação pelo Centro de Investigação e Prevenção e Acidentes (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB). Em uma nota emitida na quinta (15), o órgão informou que ainda não divulgou nenhuma informação das caixas-pretas da aeronave (veja na íntegra), que tiveram os dados extraídos no último final de semana.
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