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Carro voador da Embraer faz primeiro teste no interior de São Paulo

Carro voador da Eve Mobility, durante teste em Gavião Peixoto (SP)
Carro voador da Eve Mobility, durante teste em Gavião Peixoto (SP) (Foto: Paola Ayala/Eve Air Mobility)

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Um protótipo de aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL, popularmente chamada de carro voador) foi testado na manhã desta sexta-feira (19), nas instalações de teste da Embraer em Gavião Peixoto (SP). A empresa informa que o voo foi bem-sucedido.

O local do teste é a maior pista de aviação do Hemisfério Sul, com cerca de cinco quilômetros de área asfaltada. "Este voo valida nosso plano, que foi executado com precisão para entregar a melhor solução para o mercado. Conseguimos capturar dados de alta fidelidade que nos permitirão avançar com segurança e confiança rumo à certificação", disse Johann Bordais, CEO da Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer e desenvolvedora do modelo.

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Modelo une inteligência artificial e múltiplos sensores

Simulação do eVTOL em escala real. Simulação do eVTOL em escala real. (Foto: Paul Broadrick/Eve Air Mobility)

O protótipo inclui a integração de sistemas como o fly-by-wire, que reúne inteligência artificial e consolidação de diversos dados de sensores para a otimização do controle no ar. O equipamento conta com oito propulsores e rotores de sustentação de passo fixo. Diferentemente dos helicópteros, que mudam a inclinação das pás para subir ou descer, no passo fixo há o controle exclusivamente por meio da velocidade de rotação do motor.

A Eve negocia a certificação da aeronave com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A empresa prevê o início do serviço em 2027. Bordais detalha o andamento dos testes: "Validamos elementos críticos, desde a arquitetura do nosso elevador até a mecânica de voo da aeronave, e agora entramos na fase de testes de voo, com o objetivo de aprimorar a maturidade do produto."

"O protótipo se comportou conforme previsto por nossos modelos. Com esses dados, expandiremos o envelope de voo e avançaremos rumo à transição para o voo com asas de forma disciplinada, aumentando gradativamente para centenas de voos ao longo de 2026 e adquirindo o conhecimento necessário para a certificação de tipo", conclui Bordais.

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