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Cláudio Castro
Governador Cláudio Castro disse, ainda, que vai pedir para leis precisam ser endurecidas para combater milícias e facções.| Foto: reprodução/X Governo do RJ

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), disse na manhã desta terça (24) que está tomando medidas mais rigorosas para lidar com a onda de ataques ao sistema de transportes da capital fluminense, que começou na tarde de segunda (23). De acordo com ele, todas as forças policiais do estado estão nas ruas até que a situação seja normalizada – 35 ônibus foram queimados por milicianos da Zona Oeste da cidade.

Ainda segundo o governador, a situação de violência no Rio de Janeiro está chegando num nível comparável a de países como o México e a Colômbia, que sofrem com índices alarmantes de crimes cometidos pelo narcotráfico.

Castro pediu ao Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ) um monitoramento diário dos dados de violência nas áreas da milícia de Zinho. De acordo com ele, pelo menos 12 pessoas foram detidas, sendo que seis permaneceram presas e serão levadas para presídios federais. As outras seis foram soltas por falta de provas.

“Nosso estágio em alerta segue firme, e as polícias seguem com todas as equipes na rua até que consideremos a situação totalmente normalizada. Desde às 21h [de segunda, 23] não há mais ocorrências. Ficamos de prontidão”, disse durante uma entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do estado.

Cláudio Castro enfatizou a necessidade de um esforço conjunto para combater o crime, observando que armas e drogas estão entrando no país por meio de estradas federais, portos e aeroportos.

Ele ressaltou que a criminalidade no Rio de Janeiro se tornou uma questão nacional, com epicentros em vários estados, como na Bahia e em São Paulo. O poder bélico dos criminosos e a lavagem de dinheiro são preocupações urgentes de acordo com ele.

“Outra frente importante que começo a capitanear é que a gente endureça a legislação federal. Crime de terrorismo tem que ter pena de 30 anos em regime fechado, sem progressão. Ou a gente endurece a legislação ou se transforma nessa mistura de México com Colômbia”, afirmou. Ele terá uma reunião com o ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, na quarta (25).

Atualmente, a lei prevê penas de 12 a 30 anos, com a possibilidade de condenados irem para o regime semiaberto em alguns casos.

Castro explicou que as ações recentes fazem parte da estratégia de prender os três principais criminosos do estado: Zinho, Tandera e Abelha. Ele classificou os ataques como “ações terroristas” e expressou a determinação de capturá-los.

A morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como “Faustão” ou “Teteu”, é vista como um golpe significativo nas atividades criminosas, pois ele era sobrinho do miliciano Zinho e desempenhava um papel fundamental nas operações da milícia.

Tandera lidera outra milícia, enquanto Abelha é o chefe do Comando Vermelho, a maior facção do tráfico no Rio. O governador espera obter sucesso na prisão de Zinho nas próximas horas.

Castro observou que a reação dos criminosos à pressão das forças de segurança tem sido “descomum”, evidenciando que eles estão se sentindo acuados.

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