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Drama na Indonésia

Corpo de brasileira é resgatado de vulcão na Indonésia após cinco dias de acidente

Resgate Juliana Marins
Resgate do corpo de Juliana Marins ocorreu a uma profundidade de 600 metros da encosta do vulcão Rinjani. (Foto: Basarnas/EFE)

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O corpo da publicitária Juliana Marins foi resgatado na manhã desta quarta (25), no fuso horário brasileiro, da encosta de um vulcão na Indonésia em que ela caiu há cinco dias. A jovem de 26 anos teve a morte confirmada na terça (24) pela família, que acusou o governo indonésio de leniência no resgate.

De acordo com informações da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), o corpo de Juliana foi içado do Monte Rijani e levado a uma base para dar início aos exames que podem atestar as circunstâncias da morte da jovem. Três equipes de resgate participaram da ação.

A Basarnas informou que o corpo da jovem será levado ao posto de Sembalun e, na sequência, levado em uma aeronave a um hospital na região. A jovem foi localizada a uma profundidade de 600 metros da trilha em que se acidentou na semana passada.

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As buscas por Juliana duraram quatro dias por dificuldades de acesso ao local onde ela se acidentou. As condições climáticas na região são consideradas extremas, com fortes nevoeiros e ventos.

Em uma publicação nas redes sociais, o pai de Juliana, Manoel Marins Filho, lamentou a morte da filha com uma foto e a mensagem “Pedaço de mim” junto da letra de uma canção de Chico Buarque. Ele acompanhará na Indonésia os trâmites burocráticos de traslado do corpo para o Brasil.

“Você se foi fazendo o que mais gostava e isso conforta um pouco o nosso coração”, disse em outra postagem nas redes sociais, junto de uma foto com a legenda “custo a acreditar que esses momentos não mais se repetirão”.

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Já o governo brasileiro afirmou, ainda na terça (24), que havia mobilizado as autoridades locais através da embaixada do Brasil em Jacarta, “no mais alto nível”, para acompanhar os trabalhos de busca. A família da jovem confirmou o auxílio da diplomacia brasileira.

“No momento, contamos com o forte apoio da embaixada que está no local, e todas as informações trazidas aqui são autorizadas por eles. Além disso, muitas autoridades estão presentes reforçando a urgência e o compromisso do resgate”, postou a família de Juliana.

Juliana Marins fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro e caiu de uma altura de aproximadamente 500 metros durante uma trilha na última sexta (20). Ela chegou a permanecer por lá imóvel, sem água, comida e agasalho em uma área íngreme de difícil acesso, segundo foi registrado por imagens de drone.

O drama da brasileira ganhou repercussão internacional quando um grupo de turistas espanhóis encontrou Juliana cerca de três horas após o acidente. Eles a localizaram a aproximadamente 300 metros abaixo da trilha e imediatamente iniciaram uma busca pelos familiares nas redes sociais.

Segundo a administração do parque, durante o primeiro dia de buscas, as equipes conseguiram descer cerca de 250 metros, mas uma forte neblina impediu o avanço. Em determinado momento, os socorristas chegaram a 350 metros de distância, mas precisaram interromper os trabalhos devido à falta total de visibilidade.

A trilha do parque do Monte Rinjani é considerada uma das mais difíceis da Indonésia. A montanha do vulcão tem mais de 3,7 mil metros de altitude e o percurso leva até quatro dias por terrenos escorregadios e clima extremo. Apesar disso, a atração é aberta ao público e muito procurada por escaladores.

O acidente sofrido por Juliana não é o primeiro de grave proporção, que já teve um registro fatal de um turista malaio no mês passado durante a escalada. Em 2022, outro escalador português também morreu ao cair no cume da montanha.

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