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Uma nova autópsia será realizada no corpo da publicitária brasileira Juliana Marins assim que chegar ao Brasil, na terça (1º), para averiguar as causas e o momento em que ocorreu a morte após cair de uma trilha que fazia em uma montanha na Indonésia, na semana retrasada.
A nova autópsia foi pedida pela família dela após o primeiro exame de necropsia realizado no país asiático não conseguir identificar o momento exato em que foi a óbito. As autoridades indonésias afirmam que ela pode ter morrido em torno de 20 minutos após o acidente, mas pessoas que passavam pelo local a avistaram com vida cerca de três horas após a queda.
Juliana morreu no final da semana retrasada quando teria caído a uma profundidade de 300 a 500 metros durante um passeio pelo Monte Rinjani, após ser deixada para trás pelo guia da excursão que participava. O resgate só conseguiu chegar até ela quatro dias depois.
De acordo com um comunicado emitido pela Advocacia-Geral da União (AGU) nesta segunda (30), o pedido feito pela família de Juliana à Defensoria Pública da União (DPU) será atendido, e novo exame será realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) assim que o corpo dela chegar ao país.
“Representando os interesses da família da jovem, a demanda da DPU se sustenta nas dúvidas geradas pela certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, que não esclareceu o momento da morte após queda em trilha do vulcão Rinjani. Conforme a DPU, a necrópsia deve ocorrer em no máximo seis horas após a aterrisagem em território nacional, a fim de garantir a preservação de evidências”, afirmou a AGU em nota.
A companhia aérea Emirates confirmou mais cedo que o corpo de Juliana será transportado de Bali, na Indonésia, nesta terça (1º), para São Paulo. “A companhia aérea priorizou a coordenação com as autoridades relevantes e outras partes envolvidas na Indonésia para facilitar o transporte”, disse em nota.
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Também mais cedo, a família de Juliana confirmou que entrou na Justiça solicitando a nova autópsia para se averiguar as reais causas da morte e o horário que teria ocorrido. As autoridades indonésias afirmam que a jovem morreu por múltiplas fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa, e não de hipotermia como se pensou inicialmente. O corpo dela demorou quatro dias para ser localizado pelas equipes de resgate.
“A principal controvérsia em torno da morte de Juliana está na possível omissão de socorro por parte das autoridades indonésias, que poderá levar à responsabilização civil e criminal”, completou a AGU.
Juliana Marins fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro e caiu de uma altura de aproximadamente 500 metros durante uma trilha na última sexta (20). Ela chegou a permanecer por lá imóvel, sem água, comida e agasalho em uma área íngreme de difícil acesso, segundo foi registrado por imagens de drone.








