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O deputado federal Evair de Melo, do Progressistas (PP-ES), protocolou um requerimento na Câmara convocando o ministro da Economia, Fernando Haddad, e o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, a darem explicações sobre o impacto do tarifaço imposto pelos Estados Unidos na última quarta-feira (9).
De acordo com o parlamentar, Haddad deve esclarecer os efeitos econômicos da medida do presidente Donald Trump para o Brasil. Um documento foi protocolado no plenário e outro na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da casa legislativa.
No pedido, Evair de Melo culpa a “instabilidade institucional” e o “fracasso diplomático” do Brasil pela imposição de uma tarifa de 50% sobre importações brasileiras direcionadas aos Estados Unidos.
"Cabe ao Ministro da Fazenda a responsabilidade de articular medidas de proteção ao comércio exterior, preservar a previsibilidade regulatória, garantir a confiança dos investidores e mitigar os efeitos de choques externos sobre a economia”, diz Mello nos requerimentos direcionados a Haddad.
O congressista pede, ainda, detalhes sobre a política que o governo brasileiro pretende adotar para lidar com os prejuízos dos novos impostos e para “restaurar a credibilidade internacional do país” que, segundo ele, foi abalada pelo "fracasso da diplomacia em conduzir as relações bilaterais com os Estados Unidos".
Na convocação do chanceler Mauro Vieira, o deputado federal defende que "omissão e irresponsabilidade diplomática do governo Lula" culminaram na imposição do tarifaço de Trump, "frente à condução ideológica e conflituosa da política externa brasileira, com impactos diretos sobre o comércio exterior e a credibilidade internacional do país".
“Diante da gravidade dos fatos, esta Casa deve cobrar explicações urgentes do Ministro Mauro Vieira sobre as providências adotadas pelo Itamaraty para reverter os danos causados pelo governo Lula à imagem e à economia brasileira”, afirmou.
Governo Lula irá para o "confronto diplomático" com Trump?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parece ter escolhido um caminho em direção ao confronto com o presidente americano Donald Trump, com risco de uma guerra de tarifas à frente devido à finalização de um decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica.
O governo federal deve formalizar na próxima semana um comitê para discutir possíveis respostas ao tarifaço prometido pelos Estados Unidos, a partir de 1º de agosto.
Na sexta-feira (11), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o decreto da Lei de Reciprocidade será publicado até a próxima segunda-feira (14).




