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Relações Exteriores

Alinhado com Eduardo Bolsonaro, deputado assume comissão e critica perseguição política

Filipe Barros PL Paraná
O deputado federal Filipe Barros foi indicado pelo PL após licença de Eduardo Bolsonaro. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) foi eleito para a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira (19), um dia após Eduardo Bolsonaro (PL-SP), favorito para o cargo, anunciar que pedirá licença temporária do mandato para permanecer nos Estados Unidos. 

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro está no país governado pelo aliado Donald Trump desde o final de fevereiro. Ele declarou que vai combater o que considera como violações de direitos humanos e denunciar a perseguição política no Brasil imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A presidência do PL estava prevista pela divisão feita entre os partidos para o comando das comissões permanentes da Casa, sendo que a Comissão de Relações Exteriores é vista como estratégica pelo partido para defender as bandeiras de soberania nacional e para contar com o apoio internacional nas denúncias contra o que os parlamentares classificam como perseguição política no país. 

Mesmo licenciado, Eduardo Bolsonaro deve contar com o apoio de Barros, antigo aliado do ex-presidente. Filipe Barros é pré-candidato ao Senado pelo estado do Paraná. No discurso de posse, o deputado paranaense reforçou os objetivos do partido no comando da Comissão de Relações Exteriores e defendeu o posicionamento de Eduardo, que conforme Barros, “se exila para fugir de uma iminente perseguição às suas liberdades”.

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O novo presidente da Comissão de Relações Exteriores afirmou que a direita foi “escolhida para ser eliminada da vida pública” e que não existe democracia sem o debate de ideias, supressão de liberdades e criminalização de opiniões. “A despeito de combate a um suposto extremismo, se pratica o pior extremismo de todos, o da coerção estatal e da judicialização política. Por esse contexto, o ato do Eduardo é heróico e deixa mais claro ainda para a comunidade internacional o que está acontecendo no nosso país”, discursou Barros.

O parlamentar recebeu 24 votos na eleição após a indicação do PL, que também cogitou o deputado gaúcho Luciano Zucco para o cargo. Por causa da saída de Eduardo do país, Barros declarou que recebeu com “imensa responsabilidade a missão de Bolsonaro e do PL” para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores, “trincheira importante para o resgate da soberania e liberdades”. 

O deputado ainda acusou as fundações internacionais de usarem o “poderio econômico” para influenciar a política brasileira e citou o caso da Usaid. “Temos inúmeros casos de interferências indevidas na nossa democracia, algumas que hoje são a base do que sustenta a censura e fomenta o fim das liberdades e, por consequência, a nossa democracia”, completou.

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O deputado federal Filipe Barros, 33 anos, é considerado um aliado fiel da família Bolsonaro, o que credencia o parlamentar a receber o apoio do ex-presidente para presidir a Comissão de Relações Exteriores e também para ser o pré-candidato do PL ao Senado pelo estado do Paraná.

Bolsonaro tem agenda no dia 4 de abril em Curitiba, onde deve lançar a pré-candidatura de Barros, cuja proximidade vem desde a vitoriosa campanha presidencial em 2018, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez. Dois anos antes, Barros havia conquistado uma cadeira nas urnas como vereador na cidade de Londrina (PR), com defesa de pautas alinhadas à direita conservadora.

À época, o advogado era membro da Anistia Pela Vida (APV) e idealizador da Petição Pública Contra a Ideologia de Gênero nas Escolas de Londrina. Em 2022, ele foi o terceiro candidato a deputado federal mais votado no Paraná, com quase 250 mil votos.

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